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A Etxerat considera «importante referir que Ion Kepa Parot se encontra há já oito anos nas condições que a Lei francesa determina [para aceder à liberdade condicional], e que no mês passado começou a cumprir o 24.º ano de pena na prisão». Por isso, a associação de familiares e amigos de presos políticos bascos manifesta o seu «mal-estar com a decisão» e a sua «solidariedade à família» de Ion Kepa, e solicita a «libertação das presas e dos presos nestas condições».
O movimento Herrira, por seu lado, afirmou que recebeu a notícia com «gravidade» e expressou a sua «inquietação e incompreensão» perante a decisão. / Ver etxerat.info e kazeta.info
Ver também: «No cárcere de Muret Seysses, as presas bascas continuam a lutar pelos seus direitos» (etxerat.info)
Para acabar com a «doutrina Parot», será redigida a «Sentença dos cidadãos»
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As primeiras folhas do texto serão escritas em Tafalla (Nafarroa), num acto público que terá lugar dia 8 de Junho, ao meio-dia, na Udaletxe plaza. Daí, o texto seguirá para outras oitenta localidades, que acrescentarão o que bem entenderem. A última paragem será o pavilhão Anaitasuna, em Iruñea, dia 14 de Setembro. Ali, serão escritas as últimas páginas da sentença, antes de ser enviada para o seu destino.
Na apresentação da iniciativa, recordou-se o caso da presa Inés del Río, que está nas mãos do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. No entanto, para o Herrira a sentença desse tribunal já foi emitida em Julho de 2012, decretando a libertação de Del Río. Consideram, portanto, que não já não existe mais nenhuma sentença para este caso e que, para além do mais, há que atender à vontade maioritária da sociedade basca, que por diversas ocasiões solicitou o respeito pelos direitos humanos e o fim das medidas de excepção. Afirmam que «não estão dispostos» a esperar por uma nova decisão e que, dessa forma, põem em marcha a iniciativa.
«Entre todos, temos de enviar uma mensagem clara aos Estados francês e espanhol, mas também à comunidade internacional: é tempo de defender a resolução; vamos dar uma oportunidade à paz». / Fonte: Berria / Ver: herrira.org