sexta-feira, 17 de maio de 2013

Recepção calorosa em Algorta ao preso político Pol Asensio, ontem libertado

Dezenas de pessoas receberam ontem na Amnistia taberna de Algorta (Getxo, Bizkaia) o ex-preso político Pol Asensio Millan, que chegou à sua terra natal por volta das 20h30, depois de ter deixado para trás a prisão de Villena, junto a Alicante.
Pol Asensio foi detido em Novembro de 2007 e julgado no âmbito do processo 18/98, sendo acusado de pertencer à organização política Ekin (ilegalizada pelo Estado espanhol). Inicialmente condenado a 11 anos de prisão pela AN espanhola, viu a pena ser reduzida para sete anos e meio pelo Supremo espanhol. Esteve cinco anos e meio na cadeia, mas a Etxerat referiu-se por diversas vezes ao seu caso, na medida em que já devia estar em liberdade condicional. Pol é jornalista, tendo trabalhado no diário Egin e no suplemento «GaztEgin». Também escreveu vários livros, como Argala ou Gerezi gorrien garaia.

Ontem, a Orkresta animou o acto de boas-vindas, em que não faltaram um aurresku de honra, bertsos, um ramo de flores e um brinde a Pol; no final, cantou-se o «Eusko Gudariak». Depois, Asensio tirou a sua foto da Amnistia taberna e, lembrando-se de todos os que estão lá dentro, recordou a importância da solidariedade e do apoio dos que estão cá fora.

Antes de se entrar na taberna, o comité local do Herrira pediu às pessoas que continuem a trabalhar até que os presos e os refugiados estejam em casa. Referiu-se, neste âmbito, aos agentes que defendem os direitos dos presos e dos refugiados políticos bascos, à iniciativa «Plazara!», convocada pelo Herrira para este sábado (em Algorta, às 11h30, na Telletxe plaza) e à manifestação que terá lugar este domingo, ao nível da Comarca de Uribe Kosta, para exigir a libertação do preso Iñaki Gonzalo Casal, Kitxu, e a derrogação da doutrina 197/2006ko (13h00, em Erromo, a partir da Praça Santa Eugénia). / Fontes: algortaHerrira e ukberri.net [Na foto: à direita, a mãe de Pol; a esposa, Iratxe; a filha, Sare; e Pol, ao ritmo da Orkresta.]

Johanne Foirien: «A questão dos presos e dos exilados não diz apenas respeito a militantes e familiares»
[Johanne Foirien, membro do Herrira Zuberoa, entrevistada por Idoia Eraso para o Gara e para a kazeta.info]
O herrialde mais pequeno de Euskal Herria também irá reivindicar o respeito pelos direitos dos presos e dos exilados e a necessidade de romper o bloqueio dos dois estados em relação à resolução do conflito político. Em vez de dia 18 de Maio, os zuberotarras vão aproveitar o Müsikaren Egüna, no dia seguinte, em Urdiñarbe, para que mais gente tenha a possibilidade de participar na mobilização.