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O pai de Iñigo Cabacas criticou duramente a atitude do antigo conselheiro do Interior do Governo de Lakua, Rodolfo Ares, tendo referido que esta figura os «enganou desde o primeiro dia» e lhes «mentiu vilmente» sobre a morte do seu filho. Os pais do jovem pediram que seja constituída uma comissão de investigação no Parlamento de Gasteiz, com o apoio de todos os grupos, para esclarecer os factos e proceder às mudanças necessárias para que uma situação como esta não se repita.
Manuel Cabacas manifestou-se ainda preocupado pela possibilidade de no seio da Polícia Autonómica basca existir um «pacto de silêncio», que poderia até incluir a conselheira da Segurança, Estefanía Beltrán de Heredia.
Lembrou que, depois de as gravações das conversas entre os agentes na noite em que Iñigo foi atingido terem vindo a público e de o Departamento do Interior ter dado a entender que iria afastar alguns agentes, alguns meios de comunicação noticiaram o mal-estar no seio dos polícias, bem como ameaças de greve e exigências de que não os «abandonassem».
A mãe de Iñigo, Fina Liceranzu, disse que, tendo em conta o que foi revelado pelas testemunhas presenciais, aquilo que se passou com o seu filho podia ter acontecido a mais gente, pois os polícias dispararam balas de borracha contra a multidão.
A Polícia continua a usar balas de borracha assassinas como as que mataram Iñigo. O primeiro passo para que tal não se repita é deixar de utilizar este tipo de armamento. / Ver: boltxe.info e naiz.info