quinta-feira, 16 de maio de 2013

Teleconferência com Mitxel Sarasketa na Herriko Taberna Basca de Buenos Aires

O antigo preso político basco falou sobre a actual situação dos presos e das presas

Mais uma sexta-feira solidária e internacionalista na Herriko Taberna Basca de Buenos Aires, organizada pelos Amigos do Povo Basco (Euskal Herriaren Lagunak, Capítulo Argentino). Desta vez, a jornada estava relacionada com o Dia Internacional da Presa e do Preso Político, e por isso estabeleceu-se uma ligação com a Bizkaia, via teleconferência, para assim se poder ver e ouvir Mitxel Sarasketa, um antigo prisioneiro político basco, que passou 21 anos em diversas prisões espanholas e que, depois de sair do cativeiro, se juntou à luta pela amnistia para os seus companheiros e companheiras.

Mitxel é actualmente um dos membros do grupo de intermediação entre o Colectivo de Presos Políticos Bascos e a sociedade civil, na tentativa de encontrar saídas para a grave situação que vivem os prisioneiros políticos. Mitxel falou da existência de mais de 600 presos e presas, cuja situação caracterizou como «grave», em grande medida porque os estados espanhol e francês continuam empenhados em não ceder às exigências da maioria do povo basco, como a amnistia para os lutadores.

Transferências, tareias, dispersão são «moeda corrente», disse Mitxel, mas referindo que a resistência nas prisões é impressionante; sobretudo no caso dos presos e das presas doentes, que são maltratados por não os libertarem e por não receberem os cuidados médicos adequados.

Mitxel disse que é errado pensar ou dizer que «os presos estão a apodrecer nas prisões», pois «para nós, militantes, as prisões sempre foram um espaço de combate. Isso foi assim no passado e continua a sê-lo agora; [ali], os presos independentistas continuam a lutar contra as políticas de chantagem dos estados».

Também se referiu ao grande valor daquilo que diariamente os familiares fazem para levar a sua solidariedade a quem se encontra disperso por dois países e a muitos quilómetros do seu local de residência. «Muitos familiares morreram nas estradas quando iam ver os filhos, irmãos ou esposos/as, outros tantos ficaram feridos; e há ainda a parte económica, as enormes despesas a que têm de fazer frente para aguentar as viagens durante o tempo em que os seus familiares estão presos, pois as condenações aos independentistas costumam ser muito elevadas».

«O nosso objectivo final nesta luta específica continua a ser o de alcançar uma ampla amnistia para os presos, mas o nosso objectivo estratégico é a independência e o socialismo», referiu, em resposta a uma das várias questões que lhe foram colocadas pelo público presente.

Depois da teleconferência, foi exibido o documentário Barrura begiratzeko leioa (Janelas para dentro), que aborda a luta de presos e familiares através da perspectiva de cinco excelentes cineastas bascos. Finalmente, no jantar popular, o cantor chileno Alejandro Urra cantou alguns dos seus temas quentes e combativos. / Fonte: EHL Argentina

«M18Plazara»: o Herrira concentrou-se frente ao Parlamento navarro para divulgar a iniciativa deste sábado
Tal como aconteceu na sexta-feira passada frente ao Parlamento de Gasteiz, O Herrira realizou ontem uma concentração frente ao Parlamento de Nafarroa para divulgar a iniciativa «M18Plazara», convocada para o próximo sábado em defesa dos direitos dos presos políticos bascos e em prol da resolução do conflito. No local, reclamou-se uma mudança na política penitenciária e afirmou-se que o envolvimento das instituições é fundamental para se avançar no caminho da resolução.
Entre outros cidadãos, estiveram presentes na mobilização as deputadas Asun Fernandez de Garaialde, do grupo Aralar-NaBai, e Bakartxo Ruiz, do Bildu, que falaram à comunicação social (em castelhano e euskara, respectivamente). / Fonte: ateakireki.com e herrira.org

Leitura:
«Solidaridad con Urtza, solidaridad con lxs que luchan», de Red Roja Madrid (lahaine.org)
Desde la distancia y siguiendo los acontecimientos día tras día, nos emocionamos con las imágenes de todxs lxs que han estado ahí levantando el Muro Popular para mantener su dignidad, la de lxs que no han podido estar y la de un pueblo que mira hacia delante.