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Numa conferência que hoje teve lugar em Bilbo, a Etxerat fez um balanço da situação dos presos políticos bascos em 2013. Recordou que faleceram dois presos: Angel Figeroa, que se encontrava em regime de prisão atenuada, e Xabier López Peña, numa situação repleta de «obscurantismo» e ainda «não esclarecida», e de tal forma assim é que os seus familiares ainda hoje não receberam qualquer relatório ou documento sobre o caso. A associação referiu-se também à morte da refugiada iruindarra Ana Gastesi, que faleceu em Iparralde «sem poder regressar a casa».
A Etxerat revelou dados relativos à política prisional: de 520 presos apenas seis se encontram em Euskal Herria; para visitar os que estão em prisões fora do país, 19 familiares viram-se envolvidos em 8 acidentes na estrada em 2013. «É a dispersão que gera todas estas situações», denunciaram os representantes da associação, que se referiram também aos 10 presos com doenças graves que continuam na cadeia.
A Etxerat aludiu às «situações de acosso» que vários familiares tiveram de enfrentar nas cadeias, e recordou também a greve de fome levada a cabo pelos presos da cadeia de Sevilla II para denunciar a sua situação. Ao todo, 39 pessoas foram encarceradas e 119 foram libertadas em 2013.
Desta forma, para os familiares e amigos dos presos, refugiados e deportados bascos, 2013 foi um ano «agridoce»: porque, se muitos presos foram libertados, muitos outros há que ainda continuam nas cadeias ou no desterro, e que enfrentam duras situações. A Etxerat destacou ainda a «dura» campanha de criminalização que se seguiu à sentença do Tribunal de Estrasburgo, que visou tanto os presos libertados como os seus camaradas atrás das grades e os seus familiares.
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Leitura: «Abajo los putos muros de las prisiones», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
Este sábado en Bilbo van a llover miles y miles de gotas de solidaridad con los presos vascos sin olvidar que habrá que ir pensando en como convocar ese viento que genere la ola que arrase. / Muchos también recordaremos a todos los presos anti-fascistas, comunistas, anarquistas e independentistas de los diferentes lugares de la cárcel de pueblos que son el estado español, el francés y los estados capitalistas de la UE. Amnistia eta askatasuna! Espetxeak apurtu!