A Polícia espanhola identificou e reteve os mais de cem antifascistas que ontem defenderam o Centro Social Potemkin, no bairro madrileno de Lavapiés, em Madrid. Antes, um debate convocado para aquele espaço pela Plataforma de Madrid contra os Julgamentos Políticos em Euskal Herria, com a participação de elementos da esquerda abertzale imputados em dois processos judiciais, fora cancelado, na sequência de pressões mediáticas, da Delegação do Governo espanhol e de grupos de extrema-direita.Lá dentro, os responsáveis do centro disseram aos presentes que acabaram por cancelar o debate «não por ordem de Cifuentes» mas a pedido dos intervenientes no debate e «para garantir a sua segurança, já que estão envolvidos em processos judiciais».
«O mero facto de se questionar o direito a informar sobre os julgamentos e a dar voz aos arguidos na capital do Estado é mais um exemplo da falta de liberdades e da total falta de democracia. Estamos num estado de perseguição», repetiu uma porta-voz.A pequena reunião terminou depois de uma chamada a alertar para chegada de um grupo de neonazis à zona. Alguns dos que ali estavam encorajavam os outros a defender o centro com tudo o que tivessem à mão, depois de na noite anterior membros de grupos da extrema-direita, com a assinatura da Democracia Nacional, terem realizado pintadas na porta e na parede da frente.
Por volta das 19h15, chegaram vários furgões da polícia de intervenção ao Centro Potemkin. A Polícia rodeou o local e começou a identificar e a revistar a maioria dos ali presentes. A concentração terminou sem incidentes.
A Sare afirma que quem quis dar a voz a Euskal Herria acabou por ser «criminalizado, revistado e identificado» e que é «inadmissível ceder às pressões dos nazi-fascistas». Refere também que a Yesca vai convocar um novo acto com a participação da juventude basca: «Queremos ouvi-los. Não podemos ceder às pressões da extrema-direita», afirmaram. / Ver: SareAntifaxista e insurgente.orgNova convocatória, da Yesca
Dia 16, às 17h30, na Faculdade de História da UCM: «Represión a la juventud independentista vasca. Por los derechos civiles y políticos». (Ver: lahaine.org)
