Imanol González, jovem de Karrantza (Bizkaia), será julgado amanhã, dia 13, na Audiência Nacional espanhola. O Ministério Público acusa-o de ter sabotado um autocarro na Greve Geral de 29 de Março de 2012 e pede uma pena de cinco anos de cadeia. A dinâmica «Imanol Libre» mobilizou-se para o apoiar.Imanol foi detido a 18 de Setembro de 2012 em Balmaseda (Bizkaia) e recebeu ordem de prisão. Foi libertado em Janeiro do ano seguinte, depois de pagar uma fiança de 30 000 euros. No dia em que Imanol foi detido, diversos jovens da esquerda abertzale deram uma conferência de imprensa em que denunciaram a natureza «inteiramente política» da detenção, «que teve por objectivo enfraquecer» o processo ZukGua, do qual haveria de nascer a organização juvenil Ernai.
Há três meses, um grupo de pessoas constituiu a dinâmica «Imanol Libre», com o propósito de apoiar o jovem. Na altura da apresentação, em Bilbo, os promotores da dinâmica criticaram a detenção de Imanol e o processo judicial subsequente, que entendem como um ataque à sua actividade política. «O objectivo do principal instrumento de repressão do Estado espanhol, a Audiência Nacional, é julgar a dissidência política e social», afirmaram.
«Quando a maioria política e social deste país decidiu dar passos firmes em prol da resolução do conflito político, o Estado mantém-se na sua posição imobilista», recorrendo à repressão - prosseguiram, ilustrando este facto com vários exemplos: processo dos grebalaris de Bilbo, detenções de Luis e Xapo, a operação contra o Herrira, os macro-processos políticos contra a Segi e o Batasuna na AN espanhola, ou a detenção de seis navarros por exibirem uma ikurriña no txupinazo das festas de San Fermin deste ano [e, de então para cá, já houve mais...].
Mobilizações
Para expressar a sua solidariedade ao jovem biscainho, a dinâmica «Imanol Libre» convocou duas mobilizações para amanhã: às 11h00, na Câmara Municipal de Karrantza; às 20h00, na Seberin Deuna enparantza, em Balmaseda. / Ver: topatu.info e aseh
«Imanol Libre»: manifesto Mais vídeos da Iniciativa «Imanol Libre» aqui.
