«Cria, liga, constrói». Ontem, diversas figuras do mundo da cultura da capital alavesa fizeram um apelo ao compromisso em defesa dos direitos civis e políticos, e aderiram à dinâmica «Eman Pausoa» que o Gasteizko Harresia [muro popular de Gasteiz] apresentou no dia 4 de Dezembro e com a qual se pretende reunir 3000 pessoas num cordão humano de 3000 metros, no dia 25 de Janeiro.
A ideia é unir diversas instituições na cidade, frente às quais serão apresentadas várias reivindicações: ao Tribunal, vão exigir o fim das torturas e «das leis e dos tribunais de excepção»; ao Parlamento, vão exigir que não aplique «essas políticas de excepção»; ao Município, que apoie os gasteiztarras; à Subdelegação do Governo espanhol, que respeite os seus direitos civis e políticos. Na Praça dos Foros, a mensagem é para eles mesmos: «a responsabilidade é nossa, de todos».
Tem havido adesões todas as semanas - na semana passada foi a vez dos desportistas. Ontem, na conferência de imprensa da gente da cultura, recordou-se que 48 gasteiztarras são arguidos em julgamentos políticos. «Recordar e advertir não bastam; é tempo de agir», realçaram, fazendo um apelo à participação das pessoas no cordão humano.
Estiveram presentes, entre outros, os bertsolaris Manex Agirre e Andere Arriolabengoa, os actores Iñigo Salinero Txaflas, Andres Bezares, Marixa Oses e Gorka Aginagalde, os músicos Gorka Lazkano e Unai Lobo, os escritores Juan Ibarrondo, Amparo Lasheras e Ibai Iztueta, o grafiteiro Iñigo Diaux e a cantautora Garazi Goienetxe - que apresentou a canção composta para o acto.
Deu também o seu apoio à iniciativa gente que não pôde estar presente, como, por exemplo, os escritores Iban Zaldua e Karmele Jaio, e o músico Mikel Urdangarin.
NO SÁBADO, KALEJIRA SOLIDÁRIA
Antes do cordão humano, há outra mobilização importante na capital alavesa, já este sábado, 18. Uma kalejira parte às 12h30 da igreja de Los Angeles, para assinalar o 2.º aniversário da detenção e do encarceramento do jovem Ekaitz Samaniego.
Para além disso, os jovens gasteiztarras Goizane Pinedo e Unai Ruiz Pou, que decidiram não comparecer ao julgamento dos 40 jovens acusados de pertencer à Segi (processo 26/11), e se encontram escondidos desde Outubro, anunciaram num vídeo recentemente divulgado que põem fim à sua iniciativa e vão aparecer publicamente em Gasteiz, mas não no cortejo. / Ver: Berria, aseh e topatu.info