A associação criticou ainda perseguição a que os familiares dos presos são submetidos pela sua condição de familiares. Afirmou que a operação contra os interlocutores do EPPK também visou atingir a Etxerat.
Numa conferência de imprensa hoje em Donostia, membros da Etxerat afirmaram que Nagore López de Luzuriaga, uma das porta-vozes da associação, foi uma das visadas pelas operação policial de há uma semana, como ficou claro no auto judicial subsequente, e denunciaram a «tentativa de criminalização» dos familiares dos presos políticos bascos em função do trabalho que realizam na defesa dos direitos dos reclusos.
«Nagore é apenas mais uma familiar» de uma associação composta por gente diversa e que não escolheu a condição que faz de si um membro da associação: ser familiar de um preso político basco. Neste sentido, sublinharam que não admitem qualquer acusação, tentativa de criminalização ou detenção de nenhum familiar. «Ser familiar de um preso não é um crime», afirmaram.
Por isso, deixaram claro que vão prosseguir com o seu trabalho, «de forma inteiramente pública», denunciando, informando e apresentando testemunhos. «A única frente a que podemos pertencer é a da defesa dos direitos humanos», afirmaram, para voltar a exigir o fim da política de dispersão.
Os membros da Etxerat também falaram sobre a manifestação de sábado em Bilbo. «É essa a nossa aposta», disseram, acrescentando que, «graças ao trabalho e ao compromisso de todos», se darão passos com vista à resolução do conflito. Fizeram ainda um apelo a todos os agentes para que apoiem a associação. / Ver: Berria e etxerat.info (eus / cas)
XABIER URIZAR FOI LIBERTADO ONTEM, depois de passar 29 anos na prisão
Depois de ter passado 29 anos na cadeia, com a aplicação da doutrina Parot, o preso natural de Arrasate (Gipuzkoa) Xabier Urizar foi ontem libertado. A AN espanhola já tinha decretado a sua libertação há alguns dias, mas esta só se veio a concretizar ontem. Urizar saiu pelas 8h30 da prisão andaluza de Puerto II, onde era esperado por alguns familiares e amigos.
Urizar foi detido em 1985; em 1986 começou a cumprir a pena a que foi condenado pelo Estado espanhol. Era para sair no dia 31 de Julho de 2013, mas, com a aplicação da doutrina 197/2006, a sua pena foi prolongada até 17 de Setembro de 2016. A sua libertação está ligada à sentença do Tribunal de Estrasburgo que invalidou a mencionada doutrina Parot, tendo como base o recurso da presa Inés del Río (Tafalla, Nafarroa). / Ver: Berria
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
A Etxerat denuncia a «criminalização» do seu trabalho em defesa dos direitos dos presos
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