No dia 21, a NATO dará início às manobras militares Trident Junture 2015 no campo de tiro das Bardenas, o que está a provocar grande mal-estar social. Mostra disso é o manifesto de repúdio vindo a público e a acção de protesto unitária agendada para dia 25, por iniciativa das forças políticas EH Bildu, Geroa Bai, Podemos e Equo, de candidaturas populares da Erribera (Nafarroa) e movimentos sociais.
Os promotores manifestam o seu «repúdio pela guerra que ali se pratica» e exigem «o desmantelamento imediato do campo de tiro das Bardenas». Sublinham também o facto de, com os bombardeamentos e as manobras, terem aumentado os acidentes e «o obscurantismo sobre o que se passa no campo de tiro das Bardenas, o armamento usado e as consequências para o meio envolvente e a saúde». Referindo-se à crise que fustiga a sociedade, afirmam que deve ser prioritário atender às necessidades básicas das populações e não às despesas militares; contudo - sublinham -, estas foram as únicas a serem reforçadas nos orçamentos do Estado nos últimos anos.
Desde 1951 e sem referendo
Passaram mais de 50 anos desde que o Exército americano, primeiro, e a NATO, depois, instalaram nas Bardenas o campo de tiro, «sem consulta popular alguma», denunciam os promotores desta iniciativa, que questionam a legitimidade da Junta de Bardenas para assinar o acordo de cessão do espaço com o ministério espanhol.
O manifesto da iniciativa «Ni polígono ni maniobras / Ez poligonorik ezta maniobrarik ere», bem como os apoios que for tendo, pode ser consultado na página nipoligononimaniobras.org. / Ver: ahotsa.info