Milhares de pessoas juntaram-se hoje, em Iruñea (Pamplona), para participar na mobilização de apoio à Askapena e aos seus cinco militantes que, no dia 19, começam a ser julgados no tribunal de excepção espanhol, em Madrid. Hoje foi o Estado a ser julgado, entre outras coisas, pela repressão em Euskal Herria, por negar os direitos dos povos, pela ocupação do Saara Ocidental e a cumplicidade na sua entrega a Marrocos, pelo «genocídio» na América do Sul e por pertencer à NATO.
Na sequência dos julgamentos populares ao «Estado imperialista espanhol» e das acções de apoio à Askapena que tiveram lugar nos últimos meses, Espanha foi julgada hoje, 12 (Dia da Hispanidade e da Virgem dos Beneméritos), num «julgamento popular» realizado no Antoniutti parkea, na capital histórica dos bascos. Depois de ouvidas as acusações, lidas por Aritz Ganboa, começou a Marcha dos Povos Livres.
À frente iam zanpantzarrak, seguidos de jovens com bandeiras e estandartes de vários países que conheceram o imperialismo espanhol, de povos em luta e outros mais (não faltaram o Donbass, a Coreia do Norte e um estandarte soviético da vitória). Depois, muita gente de braço dado, como que a formar uma muralha em movimento, na qual se integravam os cinco arguidos da Askapena. À chegada ao edifício do Baluarte, diversos participantes na marcha atiraram sapatos contra figuras que «simbolizam o Estado».
A sentença, que será será levada até à AN espanhola, foi lida frente à Delegação do Governo espanhol, onde terminou a mobilização: «Espanha é culpada de oprimir os povos». Findo o julgamento, houve festa pela tarde fora na Nabarreria plaza. / Ver: Berria e naiz / Fotos: Marcha dos Povos Livres (Berria / lahaine.org)
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Espanha foi condenada por «oprimir os povos»
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