Um grupo de pessoas que foram alvo da violência policial juntou-se na segunda-feira, 19, na capital navarra, para manifestar o seu «espanto» perante a exposição que, intitulada «La victoria de la libertad: la Policía Nacional contra el terrorismo», vai ser inaugurada esta sexta-feira na Cidadela de Iruñea. Para denunciar este facto e exigir um presente e um futuro baseados «na verdade, no reconhecimento e na justiça», convocaram uma concentração para dia 30, às 19h30, frente à sala da exposição.
Reunidas junto ao monumento que homenageia Germán Rodríguez, morto a tiro pela Polícia nos Sanfermines de 1978, as pessoas afectadas pela violência policial perguntaram, a propósito do título da exposição, «se se está a chamar liberdade às atrocidades cometidas connosco ou os nossos familiares».
A exposição, que será «abençoada» pelo ministro do Interior, Fernandez Díaz, procura «transformar Iruñea na cidade da apologia da violência policial». Perante isto, este grupo de pessoas convocou uma concentração para dia 30, às 19h30, frente à exposição no Salão de Armas da Cidadela, sob o lema «Um conflito político. Reconhecimento de todas as vítimas. Uma solução. Todos ganhamos».
Promovem a mobilização
Itxaso Torregrosa (detida e torturada em 2009), Mikel Iribarren (gravemente ferido por uma granada de fumo em 1991), Carlos Otxoa (membro da Ahaztuak 1936-77), Aitziber Berrueta e M. C. Mañas (filha e esposa de Angel Berrueta, assassinado pela Polícia em 2004), Izaskun Goñi (detida e torturada em 2010), Ramon Contreras (membro da plataforma Sanfermines 1978), Begoña Castillo (irmã de Mikel Castillo, assassinado pela Polícia em 1990), Fermin Rodríguez (irmão de Germán Rodríguez, assassinado pela Polícia em 1978), Sergio Medina (três vezes detido e torturado), Aingeru Cano (irmão de J. L. Cano, assassinado pela Polícia em 1977). / Ver: ahotsa.info e topatu.info