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Para o delegado da SEO/Birdlife, Ramon Elósegui, «Zilbeti era a porta que abria os Pirinéus à exploração mineira ou, como aconteceu, a fechava». O projecto contava com o apoio do anterior Governo navarro (UPN), que demorou um ano a entregar um relatório solicitado pelo tribunal. «O relatório era negativo e nós sabíamos que o tinham mas não o queriam tornar público». Tudo isto, apesar de, em 2000, ter sido o próprio Governo navarro a incluir o Monte Alduide entre os 42 espaços do território susceptíveis de integrar a Red Natura 2000.
A sentença refere que o projecto de exploração mineira afecta o Monte Alduide na sua totalidade, algo que era negado pela empresa Magna, dizendo que apenas afectava 200 dos seus 9000 hectares. «É como se nos arrancassem um olho e dissessem que não era nada porque não afectava o corpo no seu todo». Para além disso, o faial encontra-se em zona protegida europeia, e tanto a coordenadora como a SEO/Birdlife sublinham que a canteira não a respeitava.
A história remonta a 2007, quando a Magna anunciou o esgotamento da mina de Azkarate. A empresa encontrou bom minério em Erdiz, mas deparou-se com forte oposição das populações, virando-se então para Zilbeti, onde também houve grandes acções de protesto, como a recriação em tamanho gigante do «Guernica».
O «Gernika» em Zilbeti Ver: ahotsa.info e Sanduzelai Leningrado