terça-feira, 18 de outubro de 2016

Presos bascos em Huelva terminaram greve de fome pela libertação dos seus camaradas doentes

No passado dia 15, os presos políticos bascos no presídio de Huelva puseram fim a uma greve de fome rotativa que durou 59 dias e teve como objectivos «exigir a libertação dos presos bascos doentes e, sobretudo, chamar a atenção do povo para a necessidade da mobilização» em prol dessa reivindicação. Numa nota, o Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA) informa que o testemunho passou para o preso santurtziarra Jon Kepa Preciado, na cadeia de Córdova.

A greve de fome em Huelva, iniciada a 18 de Agosto, foi uma de várias iniciativas que se seguiram à greve de fome que Aitzol Gogorza, um preso doente, iniciara a 6 de Agosto. Essa situação - um preso que está doente e que decide avançar para uma medida extrema como é a greve de fome, com todas as consequências daí decorrentes para a sua saúde debilitada - fez soar os alarmes.

Na cadeia de Huelva, os presos bascos mantiveram a luta durante 59 dias. Na mensagem que divulgaram em Agosto, sublinharam a exigência da libertação dos presos doentes, a importância de alertar o povo para a necessidade de se mobilizar e a importância que as ruas, a pressão e a força popular têm na concretização dos objectivos por que se batem.

Terminada a greve de fome rotativa em Huelva, o preso político Jon Kepa Preciado (Santurtzi, Bizkaia) decidiu pegar no testemunho, realizando um jejum de uma semana em solidariedade com os presos doentes.

No final da nota, o MpA critica de forma «severa» vários agentes e órgãos de comunicação - que alegadamente trabalham em prol dos presos - pela atitude que tiveram relativamente a esta luta, na medida em que apostaram no seu «silenciamento», em «fazê-la passar desapercebida». / Ver: amnistiAskatasuna 1 e 2