domingo, 30 de outubro de 2016

Prossegue em Sevilha a greve de fome pela liberdade dos presos doentes

Esta forma de luta começou na cadeia de Huelva e, desde a meia-noite de ontem, um preso político basco encarcerado em Sevilha II que não quis revelar o seu nome decidiu dar-lhe sequência. Desta forma, a greve de fome rotativa pela libertação dos presos doentes cumpre hoje 70 dias, informa o Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA).

O MpA revela ainda que o preso Ibai Aginaga (Berango, Bizkaia) terminou o enclausuramento que iniciara quarta-feira com o mesmo propósito. Ibai também tinha aderido à greve de fome rotativa há uma semana, mas teve de a abandonar no terceiro dia, depois de perder a consciência duas vezes. Foi então que decidiu permanecer fechado na cela, para dar sequência ao protesto.

A greve de fome em Huelva, iniciada a 18 de Agosto, foi uma de várias iniciativas que se seguiram à greve de fome que Aitzol Gogorza, um preso doente, iniciara a 6 de Agosto. Essa situação - um preso que está doente e que decide avançar para uma medida extrema como é a greve de fome, com todas as consequências daí decorrentes para a sua saúde debilitada - fez soar os alarmes.

Na cadeia de Huelva, os presos bascos mantiveram a luta durante 59 dias e, na mensagem que divulgaram, sublinharam a exigência da libertação dos presos doentes, a importância de alertar o povo para a necessidade de se mobilizar e a importância que as ruas, a pressão e a força popular têm na concretização dos objectivos por que se batem.

Terminada a greve de fome rotativa em Huelva, o preso político Jon Kepa Preciado (Santurtzi, Bizkaia) decidiu pegar no testemunho, realizando um jejum de uma semana em solidariedade com os presos doentes, na cadeia de Córdova. / Ver: amnistiAskatasuna 1 e 2