segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Advogados de perseguidos políticos bascos: testemunhas incómodas a eliminar


A detenção dos advogados Haizea Ziluaga e Haritz Escudero, juntamente com seis jovens independentistas, confirma a obsessão do Governo espanhol com os advogados de presos políticos bascos. Um empenho que tem por fim reduzir a assistência jurídica que lhes dão e silenciar o trabalho de denúncia que desempenham perante a sociedade.

Apesar de agora ser alvo da atenção da comunicação social, a detenção de advogados que prestam assistência a presos e perseguidos políticos bascos não é uma realidade nova em Euskal Herria. Em 1990, foi preso Jose Mari Elosua e dois anos depois deu-se a detenção de Álvaro Reizabal. Depois viriam as de Arantza Zulueta, Txema Matanzas... Ao todo, nas últimas duas décadas foram presos quinze advogados de perseguidos políticos bascos.

Cinco destas detenções ocorreram nos últimos oito meses, o que lançou o alerta no seio deste colectivo. Para lá dos elementos de natureza quantitativa, as últimas operações contra estes juristas escondem algumas novidades «alarmantes» que os advogados Amaia Izko, Arantxi Aparicio e Iker Urbina quiseram ressaltar ao Gara.

Oihana LLORENTE
VER: Gara