Os seis jovens detidos na madrugada de quinta-feira afirmaram que foram torturados e forçados pela Polícia a dar-se como membros da Segi.
Garazi Autor, Oihana López, Izaskun Goñi, Eneko Villegas, Ainhoa Villaverde, Saioa Zubiaur e os advogados Haizea Ziluaga e Haritz Escudero foram levados, ontem ao meio-dia, até à Audiência Nacional espanhola, onde Fernando Grande-Marlaska, juiz do referido tribunal de excepção, os interrogou durante várias horas, mantendo-os incomunicáveis, segundo informou o Movimento pró-Amnistia.
Na presença do juiz, denunciaram a tortura a que foram submetidos e refutaram todos os depoimentos realizados sob coacção nas instalações da Polícia. O Movimento pró-Amnistia já fez saber que amanhã irá ampliar a informação sobre estes novos casos de tortura.
Na presença do juiz, denunciaram a tortura a que foram submetidos e refutaram todos os depoimentos realizados sob coacção nas instalações da Polícia. O Movimento pró-Amnistia já fez saber que amanhã irá ampliar a informação sobre estes novos casos de tortura.
No que diz respeito aos advogados também detidos nesta operação, Haizea Ziluaga afirmou que a dada altura lhe deram duas bofetadas, mas que, de uma forma geral, foi tratada de forma correcta. Haritz Eskudero também afirmou ter sido tratado de forma correcta.
Correspondendo ao pedido feito pelo magistrado do MP Pedro Martínez Torrijos, o juiz decretou prisão incondicional para Autor, López, Goñi, Villegas, Villaverde e Zubiaur, enquanto os advogados Haritz Escudero e Haizea Ziluaga poderão escapar à prisão se pagarem fianças de 18 000 euros.
O juiz acusa os primeiros do suposto crime de «integração em organização terrorista», sustentando que pertenciam à Segi. Já os advogados são acusados de «colaboração em organização terrorista» por assessorar o resto do grupo, depois de os seus nomes terem surgido em interrogatórios sofridos por um outro grupo de jovens.
Fonte: apurtu.org e askatu.org e Gara
«As provas de acusação: autocolantes, cartas, livros e fotografias» (Gara)
Todas as provas de acusação mencionadas pelo juiz da AN espanhola no auto em que dá ordem de prisão aos seis jovens independentistas se reduzem a autocolantes, cartas de outros jovens encarcerados, livros que ainda estão à venda nas livrarias e fotografias.
«Marlaska manda os seis jovens para a prisão depois de fazer ouvidos moucos às suas denúncias» (Gara)
«Advogados de perseguidos políticos bascos: testemunhas incómodas a eliminar» (Gara)
Múltiplos protestos contra a última operação
Este fim-de-semana, houve múltiplas mobilizações para exigir a libertação dos detidos na última operação, nomeadamente em Burlata, Faltzes, Atarrabia e na Txantrea (Nafarroa). Entre outras coisas, houve assembleias, conferências de imprensa, concentrações, manifestações e também cortes de estrada. (apurtu.org)
No Sábado à noite, a Polícia dispersou uma concentração em Burlata (apurtu.org)
Na quinta-feira, houve assembleias e mobilizações na Txantrea, em Donibane, Atarrabia e Burlata (apurtu.org)
Mobilizações em Iruñerria: fotos e vídeo