quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Denúncias de tortura: o Movimento pró-Amnistia pede a demissão da Delegada do Governo em Nafarroa

«Não foi capaz, ou não quis ser capaz, de garantir a integridade física e o respeito pelos direitos das pessoas detidas. Como responsável em Nafarroa das forças de ocupação espanholas, também não foi capaz de evitar que os seus funcionários torturassem de novo cidadãos bascos indefesos».

Eneko Villegas, Garazi Autor, Ohiana Lopez e Izaskun Goñi, os quatro jovens navarros detidos nesta operação.

«Os jovens detidos denunciam tortura física e psicológica» (Gara)

Alfonso Zenon em declarações à Info7 Irratia (info7)
O advogado dos seis jovens detidos e encarcerados relata as denúncias de tortura efectuadas na presença do juiz Marlasca.

Audiência Nacional espanhola: pedem 8 anos de cadeia para o jovem de Atarrabia Mikel Jimenez por alegada «posse» de artefactos explosivos

Face às denúncias de tortura efectuadas por seis das oito pessoas detidas na última operação policial, o Movimento pró-Amnistia de Nafarroa lembra que na quinta-feira passada, nos procedimentos efectuados por EA, Aralar e esquerda abertzale para se inteirarem da situação dos detidos, a representante do Governo espanhol afirmou que se encontravam «bem». «Mas a realidade mostrou-nos outra coisa: que estavam a ser torturados pela Polícia para assim se auto-incriminarem. Como tal, ou Elma Sáiz mentiu aos partidos ou a Polícia a enganou», referem.

Por não ter sido capaz de «garantir a integridade física e o respeito pelos direitos das pessoas detidas, nem de evitar que os seus funcionários torturassem de novo cidadãos bascos indefesos», o Movimento pró-Amnistia pede a demissão imediata da Delegada do Governo espanhol em Nafarroa, Elma Sáiz.

Proteger a juventude independentista
Por outro lado, pedem à sociedade basca «que rompa de uma vez o manto de impunidade que cobre a tortura. Aqui e hoje tortura-se o adversário político, e chegou a hora de dizer CHEGA e de articular dinâmicas efectivas que nos permitam acabar com esta mácula».
Da mesma forma, manifestam o seu apoio à juventude basca, «castigada e reprimida uma e outra vez nesta loucura repressiva do Estado. Euskal Herria, como povo, não pode consentir esta caça às bruxas movida contra a sua juventude, pelo que pedimos a todos os agentes políticos, sindicais e sociais que protejam de forma efectiva a juventude independentista».
Fonte: apurtu.org