A Audiência Nacional decidiu arquivar provisoriamente o processo contra vários habitantes de Lizarra (Nafarroa) por participarem numa batukada durante as festas de 2009, na qual, alegadamente, se exibiu uma faixa da Segi [considerada uma organização terrorista pelo fascismo espanhol] e contra a qual os militares da Guarda Civil investiram.
Na quinta-feira, os jovens tornaram público um comunicado em que agradeceram os apoios recebidos. Para além disso, denunciaram uma campanha de agressão por parte da Guarda Civil, que acusam de ter orquestrado toda esta «montagem». Os jovens apelam a «todos aqueles que nos fizeram mal porque lhes queremos dizer, com um sorriso, que ganhámos».
Carga com feridosApós a carga da Guarda Civil contra a batukada, que provocou inúmeros feridos, um jovem foi detido e quatro apresentaram-se em tribunal ao saberem que eram procurados pela Polícia. A Guarda Civil pretendeu ligar os jovens a acções de kale borroka, e para tal pediu que os cinco imputados fornecessem provas de ADN. Alguns deles recusaram-se e dois chegaram mesmo a ser julgados por isso no Tribunal de Lizarra. Foram inicialmente condenados a seis meses, mas depois a Audiência Provincial absolveu-os por se terem recusado a dar amostras de ADN, algo que assentou jurisprudência.
Agora, a AN espanhola apoia-se numa recomendação da própria Procuradoria, que, depois de o Tribunal de Lizarra ter passado a batata quente para Madrid, tentando que os jovens ali fossem processados por crime terrorista, optou pelo arquivamento.Texto lido pelos imputados na conferência de imprensa (eus/cas)
Texto lido pelo colectivo «Festagiro» (cas/eus)
Notícia completa: ateakireki.com
Fonte: ateakireki.com
Um grupo de habitantes de Barañain (Nafarroa) considera «arbitrárias» as multas recebidas desde Dezembro, que oscilam entre os 450 e os 1500 euros, e que se relacionam com a instalação de txoznas (barracas) nas festas de 2010, com o encerramento do Gaztetxe (centro juvenil ocupado e autogerido) e com um protesto em Setembro, no qual se cortou o trânsito na Avenida Central e se reivindicou a cedência de espaços municipais para os colectivos. Ao todo, são 51 multas, cujo montante ascende a 33 000 euros, e há ainda «pedidos de 9 meses de prisão por um crime de desobediência», «que estão a chegar» e que se destinam a 20 pessoas que estiveram presentes no protesto de Setembro.
Notícia completa: Diario de Noticias via ateakireki.com