sexta-feira, 27 de maio de 2011

Expande-se a rede de apoio a Aurore Martin e apela-se à presença em Biarritz

A rejeição do mandado de detenção europeu e a exigência de liberdade para Aurore Martin, bem como do respeito pelos direitos civis e políticos, conta cada vez com mais apoios. Mais de trinta representantes do espectro sindical, social e político de Euskal Herria compareceram perante os órgãos de comunicação social esta quarta-feira, em Baiona, para apelar à intensificação da mobilização e, concretamente, à participação na jornada do próximo dia 18 de Junho em Biarritz.

Anaiz Funosas e Claude Larrieu, em nome do Colectivo contra o Mandado de Detenção Europeu, lembraram que esta iniciativa levou a cabo a sua primeira campanha em 2004, quando a Audiência Nacional espanhola solicitou - pela primeira vez no caso de militantes de «cidadania francesa» - a entrega, via MDE, de três membros da Haika.

Foi nessa altura que se começaram a estabelecer relações e a juntar apoios em diversos sectores, tanto de Ipar Euskal Herria como do Estado francês. Com o caso de Aurore Martin, que classificaram de «emblemático», essa rede expandiu-se de forma notável.

Tanto assim é que na semana passada tornaram público um manifesto cujo primeiro signatário é o escritor e jurista Stéphane Hessel, autor do documento «¡Indignaos!», e que foi também rubricado por mais sessenta personalidades do mundo político e sindical, bem como por representantes de organismos de juristas e de defesa dos direitos humanos.

Também em Euskal Herria
Entretanto, em Euskal Herria as adesões ao manifesto superam já as setenta. Entre elas, encontram-se eleitos do PS como Kotte Ezenarro e Sylviane Alaux; do MoDem como Jean-René Etchegaray; da UMP como o conselheiro Jean Castaings; os autarcas de Senpere e de Urnieta; a ex-conselheira da Educação de Lakua Ángeles Iztueta; jornalistas como Martxelo Otamendi; membros da Anai-Artea, da CDDHPB, Cimade e da Liga pelos Direitos Humanos; de sindicatos como a CGT, Solidaires, LAB e CNT64, alguns dos quais estiveram presentes na conferência de imprensa de Baiona.

Tendo por base o referido manifesto, o Colectivo contra o Mandado de Detenção Europeu organizou a jornada que terá lugar no dia 18 de Junho na Halle d'Iraty, perto do aeroporto de Biarritz.
O programa inicia-se às 10h00 com uma mesa-redonda sobre as leis de excepção e os direitos democráticos. Na parte da tarde haverá outro debate sobre a resolução do conflito político basco, no qual serão intervenientes Véronique Dudouet, membro da Fundação alemã Berghof e especialista na resolução de conflitos; Theresa Ruane, representante do Sinn Féin; Xabi Larralde, do Batasuna, e um membro da Lokarri.

A partir das 18h00 haverá animação musical e infantil e às 19h00 terá lugar o acto político, no qual participarão, entre outros, Michel Tubiana, presidente da LDH, e um membro do Colectivo. A jornada terminará com actuações musicais e concertos.

Arantxa MANTEROLA
Fonte: Gara / Na foto de baixo, o apelo à mobilização em Senpere (Lapurdi). (kazeta.info)

Ver também: «Une forte clameur contre le MAE», de Béatrice MOLLE (Lejpb)

O Estado francês extraditou Aitor Artetxe para o Estado espanhol
Aitor Artetxe Rodriguez, preso político algortarra nascido em Sopela (Bizkaia) foi ontem extraditado para o Estado espanhol, acompanhado por diversos agentes da Polícia Nacional espanhola. Com ele, levaram o tolosarra Gregorio Jimenez Morales para Madrid.
Artetxe foi detido a 8 de Dezembro de 2008 pela Polícia francesa em Gerbe, junto a Bagnères-de-Bigorre (Altos Pirinéus), por suspeita de pertencer à ETA. Mais dois cidadãos bascos foram presos com ele. No princípio de Maio, foi condenado por um tribunal de Paris a três anos de prisão. Entretanto, os tribunais franceses aceitaram um pedido de extradição emitido pelo Governo espanhol contra ele e, uma vez concluída a pena de prisão, ficou assente que Artetxe seria levado para Madrid. (ukberri.net)
Notícia completa: etengabe