Cerca de mil pessoas juntaram-se no sábado à tarde em Donibane Garazi (Nafarroa Beherea), para participar numa manifestação em defesa dos direitos dos presos políticos. Pediram aos cidadãos que exerçam pressão sobre os estados, para que abandonem «as medidas de excepção».
Com o lema «Dagozkien eskubideen jabe, euskal presoak Euskal Herrira» (com todos os seus direitos, os presos bascos para o País Basco), a manifestação de sábado à tarde em Donibane Garazi tinha à cabeça as fotografias de 150 presos, levadas por familiares e amigos.Depois de percorrer as ruas da localidade, dois membros da Etxerat e um representante da Askatasuna tomaram a palavra no acto final. Antes disso, dançou-se um aurresku em frente às fotos dos presos.
Os membros da Etxerat lembraram a situação em que se encontram os presos e os refugiados. Referiram os nomes daqueles que estão há mais de vinte anos na cadeia, no meio dos aplausos dos presentes. O mesmo se passou enquanto diziam os nomes de 27 famílias de Ipar Euskal Herria que têm familiares presos tanto no Estado francês como no espanhol.
O representante da Askatasuna enfatizou a necessidade de mobilização, fazendo pressão sobre os governos francês e espanhol para que abandonem as medidas de excepção.
Fonte: Gara
Entretanto, na sexta-feira, vários milhares de pessoas mobilizaram-se pelos direitos dos presos políticos bascos e para exigir o seu repatriamento. Em Ondarroa mobilizaram-se 258 pessoas; em Lekeitio, 140; Algorta, 180; Lezama, 22; Zornotza, 122; Ugao, 36; Gatika, 30; e em Bilbo, 120 em frente à Sabin Etxea.
Na mobilização de Iruñea participaram 405 pessoas; em Baztan, 45; em Bera, 30; em Zizur, 24; em Berriozar, 60; em Etxarri Aranatz, 73; e em Lizarra, 41.
Em Orereta estiveram 266; em Hernani, 275; em Bergara, 111; em Soraluze, 62; em Lazkao, 82; em Legorreta, 46; em Lizartza, 62; em Getaria, 43; em Deba, 55; em Andoain, 48; em Oiartzun, 154; e em Zarautz, 182.
Em Gasteiz teve lugar a mais participada, já que 520 pessoas se concentraram na Praça da Virgem Branca. Em Amurrio participaram 53 pessoas.Fonte: Gara
Mikel Ilarramendi (natural de Oñati), que foi detido pela Polícia francesa a 30 de Julho de 2003 e posteriormente a dez anos de prisão, acabou de cumprir a pena no dia 19 deste mês, tendo saído da prisão de Saint Martin de Re às cinco da manhã e depois expulso do Estado francês, com destino ao aeroporto de Madrid, onde o deixaram seguir em liberdade, segundo fez saber o Movimento pró-Amnistia. Era aguardado por cerca de vinte pessoas, que fizeram com ele o caminho de regresso a Euskal Herria. Foi calorosamente recebido tanto em Eskoriatza como em Oñati (Gipuzkoa).
Em protesto contra o risco de expulsão, Illarramendi fez uma greve de fome de dez dias.Fonte: Gara e askatu.org
Na imagem, Eñaut Aramendi, que foi posto em liberdade na terça-feira e calorosamente recebido em Urruña, depois de retirar a sua foto do bar Kanttu, em Hendaia, na sexta-feira à tarde. (kazeta.info)
Foi divulgada a detenção no México do exilado Luis Miguel Ipiña
Na sexta-feira de madrugada, foi detido em sua casa, em Quétaro (México), o exilado basco Luis Miguel Ipiña. De acordo com informações avançadas pela diáspora basca, o Ministério Público ordenou que fosse detido e que fosse colocado à disposição da Subprocuraduría de Investigación Especializada en Delincuencia Organizada (SIEDO).Referiram que o detido ficou incomunicável: negaram-lhe o direito a fazer a chamada a que tem direito para nomear o seu advogado, tendo-lhe atribuído «obrigatoriamente» um advogado de ofício. Até às 22h00 de sexta-feira não o deixaram fazer qualquer chamada, pelo que esteve «desaparecido» e «indefeso» todo o dia. Acrescentaram que tanto nesse dia como no sábado o seu advogado de confiança se apresentou nas instalações policiais para lhe prestar assistência, mas sem que tal lhe fosse permitido.