Tasio (Gara)
Centenas de pessoas juntaram-se ontem no monte Ezkaba, em Iruñea, para evocar e homenagear as pessoas que morreram fuziladas no presídio militar franquista ou por causa das duras condições que os reclusos ali enfrentavam, muitos dos quais se encontram enterrados no «cemitério das garrafas», ali próximo.
Este ano, no decorrer da homenagem, houve uma menção especial a Rogelio Diz e Abel Salvador, recentemente falecidos e cujas fotografias estiveram presentes durante a oferenda floral.
Também foram entregues aos familiares os restos de dois dos exumados no «cemitério das garrafas», assim chamado porque entre as pernas do falecido era colocada uma garrafa com os seus dados pessoais - o que está a permitir agora a identificação dos restos.
Trata-se dos restos de um natural de Guadix (Granada), Antonio Raya López, cujos familiares se deslocaram desde Barcelona, e de um homem natural de Xátiva (Valência), José Fuster Marcarós, cujos restos foram recolhidos pelo seu filho.
Também estiveram presentes na homenagem de ontem familiares de presos cujos restos tinham sido exumados anteriormente e que se deslocaram de sítios como Cáceres, Galiza, Madrid e Orihuela.
Estiveram também neste acto, pela primeira vez, os familiares de Valentín Lorenzo, um dos três presos que conseguiram escapar do forte e atravessar a fronteira com o Estado francês, que foi possível contactar há alguns meses.
Também em Etxauri
Em Etxauri, também em Iruñerria, teve lugar um outro acto em memória das vítimas do franquismo, no qual participaram centenas de pessoas.
Depois da homenagem, foi inaugurado um monólito em memória das vítimas do regime totalitário.
Fonte: Gara / Ver também: SareAntifaxista