A Polícia autonómica carregou duramente em Arrasate (Gipuzkoa) depois de a Audiência Nacional ter proibido ontem de manhã a realização da manifestação convocada para denunciar as penas perpétuas aplicadas aos presos políticos bascos. Segundo o Gara pôde apurar, a Ertzaintza efectuou três detenções.
A Ertzaintza carregou duramente ontem à tarde em Arrasate e efectuou várias detenções, segundo contaram ao Gara testemunhas presenciais.
Antes, a Polícia autonómica tinha ocupado as principais ruas do centro de Arrasate, na sequência da proibição da manifestação convocada para denunciar a pena perpétua a que são condenados os presos políticos bascos e para exigir a libertação dos presos gravemente doentes, decretada de manhã pelo tribunal de excepção espanhol.
Agirre Agiriano aparece numa varanda
A Polícia autonómica carregou sobre as pessoas que se deslocaram a Arrasate, depois de o já ex-preso Jon Agirre Agiriano ter aparecido de surpresa na varanda de uma das casas do centro de Arrasate.
Logo de seguida, quando as pessoas se começaram a juntar em frente a essa casa, a Ertzaintza efectuou uma dura carga, segundo relataram testemunhas presenciais. Nessa altura, efectuaram três detenções.A Ertzaintza continuou a carregar sobre os presentes, dispersando as pessoas ali reunidas.
O juiz Eloy Velasco, do tribunal especial de Madrid, tomou a decisão de proibir o acto de ontem à tarde, na Herriko Plaza de Arrasate, por entender que se pretende «homenagear» Jon Agirre Agiriano, que foi libertado esta semana, depois de passar 30 anos na prisão. Agiu a pedido da Procuradoria espanhola e baseando-se em relatórios policiais da Guarda Civil, da Polícia espanhola e da Ertzaintza, que identificam os convocantes da marcha como «simpatizantes da ETA», segundo informa a agência Europa Press.
Notícia completa: Gara