Habitantes de Arbizu convocaram uma manifestação para dia 29 de Maio, para pedir a liberdade de Jesus Mari Mendinueta, Poxtina, e exigir o fim da pena perpétua encoberta que está a ser aplicada a dezenas de presas e presos políticos bascos. No fim-de-semana seguinte, levarão a sua reivindicação até aos muros da prisão de Castelló II, onde se encontra preso.
Jesus Mari Mendinueta é um dos seis presos políticos navarros afectados pela sentença 197/2006 do Supremo Tribunal, conhecida como Doutrina Parot. Em Agosto, atingirá os 20 anos de prisão. Cumpriu a pena no início de Maio mas, depois da aplicação da sentença, prolongaram-lha até Agosto de 2021.
«Egin dezagun bidea» (Vamos fazer o caminho)
A manifestação de Arbizu e a marcha à prisão de Castelló foram convocadas pela iniciativa «Egin dezagun bidea», que reclama o respeito pelos direitos dos presos e presas políticas bascas e o seu reagrupamento em Euskal Herria, como primeiro passo para a amnistia e o regresso a casa de todos os perseguidos políticos.
Esta iniciativa nasceu na sequência da grande manifestação pelos direitos dos presos que teve lugar em Bilbo no passado dia 8 de Janeiro, e está a alastrar a inúmeras localidades e bairros de toda Euskal Herria. Ao longo destas semanas, multiplicam-se as mobilizações para denunciar a pena perpétua que está a ser aplicada a dezenas de presas e presos políticos bascos. Para além das convocadas em Arbizu, também no bairro de Donibane (Iruñea) e em Baztan (Norte de Nafarroa) se preparam mobilizações e iniciativas para exigir a liberdade de Iñaki Erro, que está há 24 anos encarcerado e que assim continua em virtude da sentença 197/2006. Em Baztan, para além de uma Elkartasun Astea (semana de solidariedade, no final de Maio), estão a organizar uma marcha à prisão de Almeria entre os dias 10 e 12 de Junho.
Notícia completa: boltxe.info
Dezenas de personalidades solidarizam-se com Aurore Martin
Dezenas de representantes de organizações políticas e sociais de Euskal Herria e do Estado francês, bem como personalidades da cultura solicitaram, através de um manifesto difundido pela comunicação social, o Mandado de Detenção Europeu «tal como existe», num gesto de apoio à militante independentista Aurore Martin, depois de o Tribunal de Apelação de Pau e o Tribunal de Cassação terem dado luz verde ao mandado europeu emitido pelas autoridades espanholas.Na nota, lembram que Martin corre agora perigo de ser condenada a 12 anos de prisão «por se ter expressado politicamente (em reuniões, conferências de imprensa, meios de comunicação) como membro do Batasuna». Esta questão outorga maior gravidade ao assunto, já que O Eliseu aceitou a entrega «de uma das suas cidadãs por factos que ele mesmo não reconhece como sendo ilegais», porque, tal como sublinham, o Batasuna não é ilegal no Estado francês.
Nesse sentido, os signatários expressam a sua preocupação com a utilização que os estados fazem do referido Mandado de Detenção, que é frequentemente utilizado «como um instrumento liberticida», que procura «amordaçar as oposições políticas».
Por isso, apelaram às organizações e associações que se unam a estas reivindicações.Notícia completa: Gara / Lista de signatários
Ver também: «Des appuis de poids», de Goizeder TABERNA (Lejpb)
A Polícia francesa deteve em Itsasu Gorka Betolaza, que já foi encarcerado
A Polícia Judiciária de Baiona, «em colaboração com a espanhola», segundo informou a France-Presse, deteve Gorka Betolaza anteontem de manhã, quando ia a caminho do trabalho, em Itsasu (Lapurdi). O gasteiztarra foi levado para o Tribunal de Pau, onde ia ser notificado do mandado europeu que o tribunal especial espanhol emitiu contra ele em Março, depois de o ter condenado a quatro anos de prisão, sentença que o Supremo Tribunal ratificou em Julho último.Não é a primeira vez que Betolaza enfrenta um mandado europeu, pois já em Setembro de 2007 fora detido no âmbito da operação «Kalaka» e entregue a Madrid.
De acordo com o Movimento pró-Amnistia, o jovem foi condenado, no total, a seis de prisão por alegada pertença à organização Segi. Entretanto, foi encarcerado em Muret-Seysses, enquanto espera por uma decisão judicial.
Na quarta-feira, houve uma assembleia em Gasteiz e uma concentração de protesto em Itsasu, em que estiveram presentes cerca de 50 pessoas. Para ontem, estava marcada uma outra concentração em Gasteiz, na Korreos plaza.
Notícia completa: Gara e askatu.org
