A esquerda abertzale afirma, na sequência da absolvição de Miguel Planchuelo e do relatório anual da Amnistia Internacional, que «ainda prevalece a razão de Estado para ocultar responsabilidades» da guerra suja e que Madrid recorre a «todo o tipo de meios repressivos» contra o independentismo.
«Relatório anual sobre Direitos Humanos: a AI aponta ao Estado espanhol a persistência do regime de incomunicação» (Gara)
Relatório na íntegra
«A AN espanhola absolve Planchuelo no último julgamento relacionado com os GAL» (Gara)
A esquerda abertzale considera que o facto de o ex-chefe superior da Polícia espanhola de Bilbo Miguel Planchuelo ter sido absolvido pela Audiência Nacional espanhola mostra que «ainda» se utiliza «a razão de Estado» para «esconder responsabilidades na guerra suja contra o independentismo basco».
Relatório da AI
Num comunicado, a esquerda abertzale refere-se também ao relatório anual da Amnistia Internacional, que volta a apontar o dedo ao Estado espanhol por manter o regime de incomunicação, constatando que se continuam a ocorrer casos de tortura.
Afirma que o Estado espanhol «recorreu e recorre a todo o tipo de meios repressivos contra o independentismo basco» e que, hoje em dia, «pretende evitar, por intermédio da repressão, que a mudança de ciclo iniciada em Euskal Herria se cimente».
Por isso, instou «o Estado espanhol a dar passos de promoverem a criação de cenário democrático, sem qualquer violação de direitos, fazendo seu o conteúdo do Acordo de Gernika». Por sua vez, pede à sociedade basca e aos seus representantes políticos, organizações sociais e sindicais que «continuem a trabalhar em prol da criação de um verdadeiro cenário democrático».
Fonte: Gara