A Askatasuna pediu ao Governo francês que solucione a situação dos presos bascos, depois de a ETA ter anunciado, na quinta-feira passada, a decisão de pôr fim à luta armada. Num comunicado, o organismo anti-repressivo afirma que a declaração da ETA não é um fim em si mesmo, mas antes o início do processo de resolução do conflito, no qual o Estado francês é um dos protagonistas, tal como o espanhol. Assim, pede a Paris que, antes de mais, reconheça a existência do conflito e, depois, que tome medidas no que toca aos presos, especialmente àqueles cujas situações se afiguram urgentes.
A Askatasuna solicitou também a libertação dos presos que estão doentes, dos que cumpriram as suas penas e daqueles que estão em condições de aceder à liberdade condicional e, ainda, que se acabe com o isolamento e a dispersão. Também se referiu à necessidade de resolver a situação dos refugiados e dos deportados, bem como à do reconhecimento de todas as vítimas provocadas pelo conflito. A Askatasuna pediu ainda ao Estado francês que esclareça o que se passou com Popo Larre e Jon Anza (militantes «desaparecidos» em 1983 e 2009, respectivamente) e que admita a sua participação nos atentados perpetrados pelos GAL.
Fonte: Berria