A Audiência Nacional espanhola condenou Josu Rodríguez e Mikel de Gregorio na segunda-feira a quatro anos de prisão por «depósito de artefactos incendiários com a finalidade de alterar a paz social» e impôs uma inabilitação de dez anos aos dois jovens biscainhos detidos em 2007 no âmbito de uma operação policial.
Os restantes detidos nessa operação, levada a cabo, alegadamente, para desarticular um grupo relacionado com «a estrutura da ETA», foram absolvidos pela AN. Entre os detidos figuram Aner Mimenza, Lander Labajo, Juan Bautista Galdiz, Gorka Oribe, Joseba Elorriaga, Jon Rosales, Mikel Rekarte, Txomin Gezuraga e Zigor Goikoetxea.
No entanto, para alguns dos absolvidos o mal já está feito. Aner Mimenza, por exemplo. passou dois anos em prisão preventiva. Na mesma situação encontram-se Lander Lobajo e Joseba Elorriaga, que passaram dois anos encarcerados sem julgamento.
Não menos graves são os casos de Juan Bautista Galdiz e Gorka Oribe, que estiveram seis meses na prisão por um crime que, depois de quatro anos de espera, afinal não cometeram.
Solidariedade
Durante o mês passado, repetiram-se as mostras de solidariedade com os onze jovens de Uribe Kosta. Em Setembro, os arguidos deram uma conferência de imprensa com os responsáveis da plataforma Eleak, durante a qual afirmaram ter sido submetidos a torturas e maus tratos nas instalações policiais nos dias que se seguiram às suas detenções. Para além disso, no dia 23 de Setembro uma manifestação percorreu as principais ruas de Algorta para reclamar a inocência dos detidos, e ao mesmo tempo reivindicar os direitos da juventude de Euskal Herria.
O processo contra os jovens de Uribe Kosta (Bizkaia) começou em 2007, quando o juiz Baltasar Garzón mandou para a prisão de Soto del Real sete dos detidos, numa operação policial orquestrada contra a juventude da margem direita.
Após a entrada dos jovens no cárcere, as suas famílias iniciaram um tortuoso processo com o objectivo de os conseguir ter novamente na Bizkaia. Uma luta que implicou um importante desgaste psíquico e seguramente económico, pois, nalguns dos casos, as fianças decretadas atingiram os 30 000 euros.
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