segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A Egin Dezagun Bidea vai apresentar um novo instrumento para canalizar a exigência de mudança da política prisional

A Egin Dezagun Bidea vai apresentar no próximo domingo, em Donostia, uma nova ferramenta para canalizar o «enorme potencial» existente em torno da reivindicação do respeito pelos direitos dos prisioneiros políticos bascos, como resultado do processo de reflexão levado a cabo nas últimas semanas.

Numa conferência de imprensa em Donostia, Manu Ugartemendia e Inés Osinaga, afirmaram, em nome da iniciativa, que a defesa dos direitos dos presos «é um problema de toda a sociedade basca» e, por isso, querem partilhar com ela «os passos a dar» nos próximos meses.

Salientaram que a manifestação de 7 de Janeiro em Bilbo, «a maior mobilização de que há memória neste país», marcou «um importante ponto de viragem», de tal forma que «a situação dos presos ocupa o centro da agenda política e hoje ninguém pode escapar a essa necessidade, pois conseguiu-se que a mudança da política penitenciária e a necessidade de encontrar uma solução para a situação das presas e dos presos políticos seja um elemento incontornável».

Ugartemendia e Osinaga realçaram o facto de alguns partidos políticos se terem visto forçados a assumirem uma nova atitude relativamente a esta questão, e também o facto de o PP ser o único que «se agarra a uma posição totalmente imobilista». Lamentaram ainda as reformas anunciadas pelo ministro da Justiça, Alberto Ruiz Gallardón, que «não se basearam em critérios que promovam a paz ou procurem uma solução que a ela nos conduza».

«O esforço e o enorme trabalho realizado nos últimos meses por tanta gente, bem como os resultados atingidos, mostram que é possível trilhar o caminho que queremos e que nele existem muitas coisas a serem alcançadas», salientaram.

É por isso que julgam necessário apresentar «um instrumento eficaz», capaz de canalizar esse «enorme potencial». «O envolvimento, o compromisso e o amplo acordo que existe pela defesa dos presos obrigam-nos a tal», afirmaram.
Os porta-vozes da Egin Dezagun Bidea convidaram todos os cidadãos e agentes sociais a comparecem no dia 5 de Fevereiro no Kursaal, para «partilharem este novo momento», a que atribuem grande importância. / Fonte: boltxe.info

Ver também: «O movimento Herrira surge para trazer os presos e refugiados para casa», de Ramón SOLA (Gara)

Uma familiar do preso Arkaitz Agote sofreu um acidente no regresso da prisão de Huelva
A única ocupante da viatura, familiar do preso político basco Arkaitz Agote Cillero, saiu ilesa do acidente que sofreu este sábado na A-8, quando regressava da visita à prisão de Huelva, a mais de 1000 km de distância de Euskal Herria.
O sinistro deu-se junto a Bilbo, pelo meio-dia, e, embora se desconheçam as causas exactas do acidente, o carro ficou completamente destroçado, segundo o Gara conseguiu apurar.
Este acidente vem juntar-se à lista negra dos sinistros provocados pela dispersão, uma política de excepção que representa, para os amigos e familiares dos presos, uma verdadeira «roleta russa». Isto tem sido denunciado de forma reiterada pelos familiares e amigos, que destacam o perigo a que se expõem todos os fins-de-semana nas viagens aos centros penitenciários dos estados espanhol e francês.
De acordo com os dados da Etxerat, a dispersão tirou a vida a 16 pessoas, esteve na origem de mais de 267 acidentes de viação nas estradas de ambos os estados, dos quais resultaram mais de uma centena pessoas com ferimentos de alguma gravidade.
Para a associação, as perdas materiais, económicas - e tudo o que a elas está associado - são «incalculáveis». / Fonte: Gara

Documentário sobre a dispersão e as suas consequências
Sakabanaketarik EZ!

Tolosa mobiliza-se por Odriozola, preso há 24 anos
A Egin Dezagun Bidea e a Lizardi Kultur Elkartea deram uma conferência de imprensa no sábado em Tolosa (Gipuzkoa), na qual esteve presente, entre outros, o autarca Ibai Iriarte (Bildu), para denunciar a situação do seu conterrâneo Pello Odriozola, que se encontra há 24 anos na prisão.
Odriozola, a quem foi aplicada a chamada «doutrina Parot» e que continua atrás das grades, em Zuera, devia estar em liberdade há já três anos e meio, dado que terminou o cumprimento da pena em Julho de 2008.
Os seus conterrâneos constatam, mais uma vez, como as leis espanholas são torcidas para manter cidadãos bascos na prisão e a conivência dos tribunais com esta estratégia política. Acrescentaram que aqueles que mataram e fizeram desaparecer os tolosarras Joxean Lasa e Joxi Zabala estão cá fora, depois de cumprirem não mais de 5% da pena a que foram condenados.
Esta «grande injustiça» será denunciada numa concentração na próxima quinta-feira, dia 2, no Triângulo, a partir das 19h30. O lema, «Pello gurekin nahi eta behar dugu, Pello etxera orain» [Queremos e precisamos do Pello connosco, o Pello para casa já]. / Fonte: Gara