Maribi Ugarteguru considerou «obscena» a «obstinação» do Governo espanhol, «desde há dois meses», «querendo tornar possível o regresso a um cenário de conflito armado», mas «a realidade é outra, bem diferente».
Numa conferência de imprensa, a porta-voz da esquerda abertzale respondeu nestes termos quando questionada sobre as declarações efectuadas pelo ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, sobre a possibilidade de a ETA ter retomado as suas actividades de extorsão para tentar reconstruir o seu «aparelho logístico».
Maribi Ugarteburu respondeu que Fernández Díaz «continua incrivelmente a insistir nessa via», embora seja «uma completa indecência» que o Governo espanhol, «a estas alturas, se tente agarrar à intoxicação sem qualquer complexo, intoxicando e falsificando uma realidade que está aí e que não pode ser negada».
«A nova realidade é que a ETA cessou definitivamente a sua actividade armada. Fê-lo em Outubro, estamos em Janeiro», disse.
«A única forma de compreender tal obsessão do Governo do PP, numa altura destas - a insistência em que a ETA no Natal fez isto ou aquilo - a única forma de a compreender é o medo que têm ao debate político em clave democrática», afirmou. «Têm medo e não tem outra explicação», insistiu. / Fonte: Gara
Ver também: «Os verificadores regressam a Euskal Herria enquanto o ministro procura criar dúvidas» (Gara)
Os membros da Comissão Internacional de Verificação já estão em EH, onde se vão reunir com partidos e representantes sociais, num momento em que o Ministério do Interior espanhol pretende lançar dúvidas sobre os passos dados pela ETA com versões que nem o Governo de Lakua partilha.
«El Ministro del Interior tiene que recurrir a la intoxicación para poder justificar su postura inmovilista», de Ezker Abertzalea (ezkerabertzalea.info)
Sequelas da ilegalização: O vídeo do protesto de Laudio contradiz os cargos do PPAs duas gravações visualizadas ontem na AN espanhola no decorrer do julgamento de 19 pessoas da região de Aiara (Araba) por participarem num protesto numa sessão de Câmara de Laudio não identificam o autor de nenhuma agressão. Apesar disso, os cargos eleitos do PP mantêm as acusações. / Alberto PRADILLA / Ver: Gara