Numa conferência de imprensa que decorreu em Bilbo, a Etxerat afirmou que, após a manifestação que no passado dia 7 de Janeiro juntou 110 000 pessoas a favor dos direitos dos presos, as instituições penitenciárias de ambos os estados «fazem ouvidos moucos» e «continuam a violar os direitos» dos prisioneiros políticos bascos.
Os membros da Etxerat Mattin Troitiño e Ane Miren Ganboa, em euskara e castelhano, deram conta de «alguns casos bastante graves» que tiveram lugar nas prisões desde o início do ano, ocorrências que são um «claro exemplo da repressão» a que os presos são submetidos.
Assim, fizeram saber que, nas prisões francesas de Dijon, Poitiers e Villepinte, vários presos políticos bascos foram continuamente submetidos ao mittard e colocaram-lhes inúmeros impedimentos para receber visitas com normalidade.
«A situação é complicada»
«A situação é complicada», afirmaram, antes de esclarecer que o é «ainda mais para os presos doentes». Lembraram que, hoje em dia, o basauritarra Txus Martin é «o doente mais grave» de todos os presos políticos bascos.Troitiño e Ganboa transmitiram o parecer dos familiares de Martin, que consideram que o já de si grave estado de saúde «se agravou» e que, «apesar de isto, ainda não foi visto pelos médicos de confiança».
«Por tanto – criticaram –, é evidente que o mittard, as celas de castigo, a recusa de visitas... se repetem uma e outra vez. A política penitenciária não mudou e, por isso, os nossos amigos e familiares tiveram de lutar pelos seus direitos em mais de uma situação».
Nessa linha, deram conta da dinâmica de protestos mantida pelo EPPK entre os dias 9 e 13 de Janeiro para exigir o fim das medidas de excepção que lhes são aplicadas.
Por isso, e depois de considerarem «muito importante» que os seus familiares e amigos «se sintam apoiados», pediram aos cidadãos que participem nas mobilizações da última sexta-feira, dia 27 de Janeiro, convocadas pela Egin Dezagun Bidea. / Fonte: Gara
Ver também: «Euskal presoek Frantziako espetxeetan duten egoera "larria" salatu du Etxerat-ek» (Berria)
«Greve de fome em Puerto III» (ateakireki.com)
Xabier Rey Urmeneta (Donibane) e os restantes presos políticos encarcerados em Puerto III fizeram uma greve de fome no dia 18 de Janeiro para protestar contra a situação em que se encontram Arkaitz Bellón e Sebas Lasa, «castigados injustamente» e enviados para as celas de isolamento há um mês e meio. Na semana passada, juntando-se à mobilização de 7 de Janeiro em Bilbo, os presos desta prisão empreenderam uma semana de mobilizações, ora fazendo greve de fome, ora rejeitando a comida da prisão.
«Agentes políticos pedem às pessoas que se manifestem em solidariedade com os jovens de Oarsoaldea» (Gara)
Numa conferência que decorreu em Donostia, EA, Aralar, Alternatiba e esquerda abertzale manifestaram a sua oposição aos julgamentos políticos e pediram às pessoas que adiram à mobilização de domingo para protestar contra a sentença da AN que condenou seis jovens de Oarsoaldea (Gipuzkoa) a penas de prisão por pertencerem à Segi.
«Izagirre considera legítimas as reivindicações sobre presos durante as festas» (Gara)
Na foto do meio, concentração promovida pela Sasoia, associação de pensionistas e reformados de Nafarroa, ontem, em frente à sede do Governo espanhol em Iruñea, para pedir a libertação dos presos que se encontram doentes.