sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A Etxerat dá a conhecer ocorrências «bastante graves» nas prisões desde o início do ano

Numa conferência de imprensa que decorreu em Bilbo, a Etxerat afirmou que, após a manifestação que no passado dia 7 de Janeiro juntou 110 000 pessoas a favor dos direitos dos presos, as instituições penitenciárias de ambos os estados «fazem ouvidos moucos» e «continuam a violar os direitos» dos prisioneiros políticos bascos.

Os membros da Etxerat Mattin Troitiño e Ane Miren Ganboa, em euskara e castelhano, deram conta de «alguns casos bastante graves» que tiveram lugar nas prisões desde o início do ano, ocorrências que são um «claro exemplo da repressão» a que os presos são submetidos.

Assim, fizeram saber que, nas prisões francesas de Dijon, Poitiers e Villepinte, vários presos políticos bascos foram continuamente submetidos ao mittard e colocaram-lhes inúmeros impedimentos para receber visitas com normalidade.

«A situação é complicada»
«A situação é complicada», afirmaram, antes de esclarecer que o é «ainda mais para os presos doentes». Lembraram que, hoje em dia, o basauritarra Txus Martin é «o doente mais grave» de todos os presos políticos bascos.

Troitiño e Ganboa transmitiram o parecer dos familiares de Martin, que consideram que o já de si grave estado de saúde «se agravou» e que, «apesar de isto, ainda não foi visto pelos médicos de confiança».

«Por tanto – criticaram –, é evidente que o mittard, as celas de castigo, a recusa de visitas... se repetem uma e outra vez. A política penitenciária não mudou e, por isso, os nossos amigos e familiares tiveram de lutar pelos seus direitos em mais de uma situação».

Nessa linha, deram conta da dinâmica de protestos mantida pelo EPPK entre os dias 9 e 13 de Janeiro para exigir o fim das medidas de excepção que lhes são aplicadas.

Por isso, e depois de considerarem «muito importante» que os seus familiares e amigos «se sintam apoiados», pediram aos cidadãos que participem nas mobilizações da última sexta-feira, dia 27 de Janeiro, convocadas pela Egin Dezagun Bidea. / Fonte: Gara

Ver também: «Euskal presoek Frantziako espetxeetan duten egoera "larria" salatu du Etxerat-ek» (Berria)

«Greve de fome em Puerto III» (ateakireki.com)
Xabier Rey Urmeneta (Donibane) e os restantes presos políticos encarcerados em Puerto III fizeram uma greve de fome no dia 18 de Janeiro para protestar contra a situação em que se encontram Arkaitz Bellón e Sebas Lasa, «castigados injustamente» e enviados para as celas de isolamento há um mês e meio. Na semana passada, juntando-se à mobilização de 7 de Janeiro em Bilbo, os presos desta prisão empreenderam uma semana de mobilizações, ora fazendo greve de fome, ora rejeitando a comida da prisão.

«Agentes políticos pedem às pessoas que se manifestem em solidariedade com os jovens de Oarsoaldea» (Gara)
Numa conferência que decorreu em Donostia, EA, Aralar, Alternatiba e esquerda abertzale manifestaram a sua oposição aos julgamentos políticos e pediram às pessoas que adiram à mobilização de domingo para protestar contra a sentença da AN que condenou seis jovens de Oarsoaldea (Gipuzkoa) a penas de prisão por pertencerem à Segi.

«Izagirre considera legítimas as reivindicações sobre presos durante as festas» (Gara)
O autarca de Donostia, Juan Karlos Izagirre, afirmou que é «legítimo» apresentar reivindicações sobre os presos políticos na festa desta cidade, que celebra hoje, embora tenha precisado que «se deve fazer com respeito».

Na foto do meio, concentração promovida pela Sasoia, associação de pensionistas e reformados de Nafarroa, ontem, em frente à sede do Governo espanhol em Iruñea, para pedir a libertação dos presos que se encontram doentes.