As autoridades israelitas impediram que uma basca membro dos Komite Internazionalistak (KI) entrasse no país. Patricia Lezama, que foi a txupinera das festas de Bilbo deste ano, foi detida no controlo de passaportes do aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv. Depois de ser interrogada e permanecer 12 horas detida, agentes do Estado sionista meteram-na num avião com destino a Madrid. Israel controla todos os acessos aos territórios palestinianos ocupados com excepção do de Rafah, que liga Gaza ao Egipto, pelo que atravessar os controlos hebreus se torna um passo obrigatório.
«Depois de várias rondas de questões, aperceberam-se de que tinha visitado Gaza», explicou ontem ao Gara a própria Lezama, que disse que a sua passagem pela Faixa deixou nervosos os agentes, apesar de, paradoxalmente, ter sido sempre realizada com a autorização de Israel. Nesse momento, segundo contou a membro dos KI, os interrogatórios tornaram-se mais intensos. Contudo, as perguntas não incidiam na sua solidariedade para com os palestinianos, mas sobre Euskal Herria. «Chegaram a perguntar-me se era membro da ETA», contou Lezama, que explicou que, para reforçar os seus argumentos, os investigadores israelitas lhe mostravam o ecrã de um computador com informações provenientes da Wikipédia.
Sem telemóvel e sem bagagem
Depois dos interrogatórios e depois de ser informada que não podia aceder a território israelita, Lezama foi levada para um centro de detenção de migrantes, onde os agentes lhe confiscaram o telemóvel e todos os demais pertences. Esteve ali seis horas, com outras três mulheres. Às 16h00, pouco antes do voo de regresso, os de uniforme levaram-na até à pista de aterragem e meteram-na no avião com destino a Madrid, dizendo ao pessoal de voo que não lhe devolvessem o passaporte antes de aterrar no Estado espanhol.
Assim, Lezama quis denunciar a «impunidade» subjacente à actuação do Estado de Israel, que não cumpre de forma reiterada a legalidade internacional.
Fonte: Gara via lahaine.org