No dia 11 de Março de 2010, o corpo de Jon Anza apareceu numa morgue de Toulouse, depois de estar quase um ano desaparecido. Alguns dias depois do aparecimento do cadáver, milhares de pessoas participaram numa manifestação em Donostia para afirmar que a guerra suja dos estados espanhol e francês era a causa da morte do habitante de Intxaurrondo (Donostia).
Agora, acusada de um delito de «injúrias graves às FSE», Garbiñe Alkiza foi julgada em Donostia. O MP pede que ela pague uma multa de 2500 euros. Depois da audiência de ontem, a arguida fica a aguardar a decisão do tribunal.
Vizinhos e familiares de Alkiza e Anza mostraram-lhe o seu apoio numa conferência de imprensa que teve lugar ontem, às 11h30, em frente ao Tribunal de Egia.
Na ocasião, os moradores do bairro donostiarra de Intxaurrondo Axier González e Amaia Zurutuza lembraram que passam três anos desde o desaparecimento de Jon Anza.
Zurutuza qualificou esta ocorrência como «guerra suja», tendo referido que, «embora já tenha passado tempo», os familiares, vizinhos, amigos e companheiros, da mesma forma que muitos cidadãos bascos, continuam «a reclamar a verdade», mas sendo «óbvio» que «não existe vontade política de esclarecer o caso de Jon», tendo-se antes «procurado esconder a verdade».
Na sua opinião, o julgamento de Garbiñe Alkiza teve lugar porque a arguida solicitou o esclarecimento do caso de Anza.
«É incrível que aqueles que deram as ordens para deter Jon e os que se encarregaram disso tenham toda a impunidade e que os seus familiares sejam castigados e julgados», disse Zurutuza. Afirmou ainda que «julgamentos como este são inaceitáveis» e que vão continuar a trabalhar «para esclarecer o que se passou com o Jon», tendo considerado «necessário que se saiba toda a verdade sobre a repressão e o acosso que muitos cidadãos sofreram», de forma que, «neste novo tempo político aberto em Euskal Herria», se possa chegar à «resolução democrática do conflito». / Fonte: Gara
Bideoa: Jon Anza zenaren senide bat epaitu dute (Berria)
Prendem o santurtziarra Unai Hernández para cumprir uma pena
Unai Hernández Sistiaga, condenado a sete anos de prisão em Dezembro último, foi detido em Santurtzi (Bizkaia) pela Polícia espanhola para cumprir a pena.
A Audiência Nacional espanhola decretou a sentença, que condenava Hernández por militar no Ekin, no âmbito do «processo 19/98». A partir de então, o santurtziarra podia ser detido a qualquer momento.Habitantes de Santurtzi, que denunciaram o facto de Hernández ter sido «condenado, detido e encarcerado devido à sua militância política», convocaram uma manifestação para amanhã, às 20h00, a partir da Câmara Municipal. / Fonte: Gara
A Ertzaintza retira fotos de presos da herriko taberna de Abusu, em Bilbo
Testemunhas disseram que pelas 12h30 uma furgoneta de Polícia antimotim e três agentes à paisana entraram no espaço, que fica na Rua Zamakola, no referido bairro bilbaíno.
Uma vez lá dentro, identificaram o taberneiro e pediram-lhe que retirasse as fotos, mas ele negou-se a fazê-lo.
Depois de retirarem os retratos, comunicaram ao trabalhador que tinha sido denunciado por «enaltecimento do terrorismo», pelo que deverá ser intimado a depor na Audiência Nacional em breve. / Fonte: Gara / Mais info: Bilbo Branka