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O EPPK faz eco também da reacção política à mobilização, para constatar que «o Governo espanhol se sente pressionado» num momento em que «chegaram às suas portas o questionamento da política prisional e a necessidade de a mudar», o que atribui à situação política diferente resultante dos «novos tempos» que Euskal Herria vive.
«Todas as medidas de excepção que são impostas ao EPPK aplicam-se a todo o Colectivo - lembra o comunicado neste ponto - e, nessa medida, é deles a responsabilidade da sua desactivação. O Colectivo está preparado para dar passos em frente, como mostrou nas suas últimas iniciativas, para contribuir de forma positiva para o processo democrático iniciado em Euskal Herria. Nesse caminho - especifica -, a ideia da amnistia, que lhes é tão adversa, é para nós solução democrática integral».
O EPPK especifica que isto implica a aceitação da existência de um conflito político e dar-lhe uma resolução democrática. «Para lá de palavras e de leis, estamos a falar do processo democrático que há-de trazer todos os presos e refugiados políticos bascos para casa. E seria uma irresponsabilidade obviá-lo».
O texto critica também a posição do PNV, que considera «próxima do autismo», por se colocar à margem desta mobilização. E a atitude de certos meios de comunicação, em virtude das suas «intoxicações»; diz-lhes que «está na hora de dar passos e de mudar de atitude».
Os presos e as presas políticos bascos fazem saber igualmente que acompanharam a mobilização popular de sábado passado com as suas próprias iniciativas de protesto nas prisões. Assim, referem que entre segunda-feira, dia 9, e sexta-feira, dia 13, houve jejuns, «txapeos», concentrações e outras acções. «E assim continuaremos em frente, organizados, mobilizados e unidos, até que a nossa palavra, a do nosso povo, se torne realidade. Até que se tornem realidade os direitos», conclui. [Ver, na sequência, o comunicado do EPPK: «Kolosala izan da»]
Fonte: Gara
Ver também: «EPPK: "Irteera indibidualik ez da izango ikuspegi kolektiborik gabe"» (Berria)