«O nosso povo foi um povo negado a nível social e nacional» e isso «é ainda mais notório no caso dos contributos históricos e ideológicos realizados pela esquerda abertzale no seu conjunto, ao longo da sua dilatada história», disseram ontem porta-vozes da Fundação Eusko Lurra na sua apresentação pública, em Bilbo, no decorrer da qual precisaram que o seu trabalho consistirá em recuperar essa bagagem histórica e transformá-la numa «ferramenta de luta ideológica» para as novas gerações, desenvolvendo «um pensamento de esquerda e independentista».
Apoiados por mais de uma dezena de membros do colectivo, na mesa, Alberto Muñoz Zufia, presidente de honra, Piedi Agustin Gonzalo, membro do patronato, Antxon Gómez Lorente, director de projectos, Marisol Elustondo, vice-presidente, e Txarli González, presidente da fundação, explicaram que, desde que o colectivo começou a funcionar, há alguns meses, trabalha em questões relativas à recuperação da memória histórica, como o DVD que acaba de ver a luz sobre a EAE-ANV, e colaborou na organização do fórum sobre a Comissão da Verdade em Euskal Herria, celebrado recentemente por iniciativa da plataforma Lau Haizetara Gogoan, com a qual também colabora na queixa-crime contra o franquismo.