domingo, 10 de novembro de 2013

Tribunal de Bilbo acusa quatro ertzainas pela morte de Iñigo Cabacas

Ana Torres, juíza no Tribunal de Instrução Criminal Bilbo, acusou quatro ertzainas pela morte de Iñigo Cabacas, que faleceu a 9 de Abril de 2012, quatro dias depois de ter sido atingido por uma bala de borracha.

Trata-se de três agentes que afirmaram ter disparado balas de borracha no beco da Rua María Díaz de Haro a 5 de Abril de 2012 e do suboficial responsável pela operação policial.

No entanto, a juíza não responsabilizou criminalmente o comandante da esquadra de Deustu, identificado com o sobrenome de «Ugarteko» e a quem foi comunicado por diversas vezes que não havia incidentes na zona da herriko taberna onde se encontrava Iñigo, tal como se pode verificar nas comunicações internas divulgadas pelo naiz.info e pelo Gara.

Foi este comandante que deu a ordem para realizar a carga que viria a acabar com a vida do jovem de Basauri (Bizkaia). «Le repito las ordenes para que queden bien claras. Se lo acabo de comunicar al suboficial de grupo que está trabajando. Entren al callejón con todo lo que tenemos, entren en la herriko, controlan la situación y los que haya que pueden ser posible agresores se les controla o se les echa, y se toma toda la posición», disse o tal «Ugarteko», sem tomar em consideração o que lhe fora comunicado pelo suboficial da patrulha.

A advogada da família de Cabacas, Jone Goirizelaia, tinha pedido que todos os agentes envolvidos na acção policial fossem incriminados, e também «Ugarteko», na medida em que é ele que, na esquadra, dá ordem para carregar, de forma bem clara: «¡Salgan de la furgoneta y despliéguense en la herriko!».

Responsáveis políticos... inimputáveis
Ana Torres não incrimina o antigo vice-conselheiro do Departamento do Interior, Miguel Buen, nem o ex-director da Ertzaintza, José Antonio Varela, actual director-geral do Departamento do Interior, Emergências e Protecção Civil da Junta da Andaluzia.
Em Agosto, o número dois do Departamento do Interior de Lakua - rebaptizado como Departamento de Segurança pelo actual Executivo - reconheceu que apresentou a sua demissão depois dos acontecimentos, mas que esta não foi aceite pelo titular, Rodolfo Ares. / Ver: naiz.info