O LAB Sindikatua emitiu uma nota em que faz uma leitura da situação do desemprego no País Basco Sul, na sequência da informação divulgada pelos serviços públicos de emprego.
De acordo com os elementos divulgados, no final de 2013 havia em Hego Euskal Herria 218 862 pessoas em situação de desemprego. O número aponta para uma ligeira diminuição do desemprego: menos 1% e menos 2165 desempregados em comparação com o período homólogo (Dezembro de 2012). No entanto, afirma o LAB, esta evolução do desemprego contrasta com a diminuição do número de pessoas inscritas na Segurança Social: menos 17 031 pessoas no conjunto dos quatro territórios do Sul do País.
«Estes dados, em princípio contraditórios, são compatíveis fundamentalmente por duas razões: demográficas (aqui incluem-se os movimentos migratórios de pessoas que vão para o estrangeiro em busca de oportunidades de trabalho); aumento do desemprego «desencorajado» [«desanimado»] (este fenómeno é consequência do prolongamento da crise, que leva a que cada vez mais pessoas desempregadas deixem de procurar emprego activamente por falta de expectativas)», diz-se no texto.
Para o LAB, «a avaliação conjunta de diversos indicadores mostra que 2013 foi um ano adverso, que não trouxe consigo a recuperação de emprego em termos líquidos». Para lá das vozes «triunfantes», a «crise não acabou e a destruição de emprego continua a existir».
Por outro lado, o sindicato afirma que, para além da preocupação com o fim da recessão (em relação ao qual existe uma «ansiedade lógica e compreensível»), é «importante dar especial atenção às condições» em que essa propalada saída poderia ocorrer.
Assim, o LAB defende que é necessário «denunciar a progressiva degradação das condições laborais e salariais, e lutar contra a perda contínua e brutal de direitos laborais e sociais», não esquecendo que isto são «as duras sequelas do processo de reformas impostas nos últimos anos com a desculpa da crise». / Ver: labsindikatua.org