A proposta que o Nazio Eztabaida Gunea / Fórum de Debate Nacional apresenta em cada Aberri Eguna vai ganhando apoios e, ano após ano, são cada vez mais os abertzales que aprofundam o que os une e se deslocam até Irun e Hendaia para celebrar juntos o dia da sua nação. Ontem foram milhares os que “peregrinaram” entre um lado e o outro da divisão em prol de uma estratégia nacional que una as forças abertzales de todo o país.
A emblemática ponte de Santiago foi o ponto de encontro para milhares de abertzales de diversas proveniências e sensibilidades. O Fórum de Debate Nacional juntou uma multidão que caminhou unida, passando por cima de divergências, com o propósito de celebrar em conjunto o dia da sua nação e exigir aos políticos que dêem um rumo à aspiração popular de ser uma nação livre.
A maré humana que ligou passo a passo Gipuzkoa e Lapurdi foi o reflexo da existência de um povo vivo e com vontade de viver. Maite Aristegi, porta-voz do Fórum de Debate Nacional, ressaltou que o território, a língua, a cultura e uma história própria são os ingredientes que compõem uma nação. “E Euskal Herria conta com todos eles, além do compromisso e da adesão das suas cidadãs e dos seus cidadãos”, sublinhou com orgulho.
Embora o Fórum de Debate Nacional adivinhe “o início de uma nova era de opressão e divisão em Euskal Herria”, mostra-se também convencido de que a cidadania basca conta com “a energia, a capacidade, a força e as possibilidades para ser uma nação livre”.
“Somos a maioria, sim, mas nossas forças encontram-se dispersas”, afirmou o outro porta-voz da iniciativa Mikel Irastorza, que exigiu às formações abertzales que tomem em consideração como uma prioridade as necessidades e interesses da nação.
Afirmou que chegou o momento de “deixar de lado os interesses particulares; e de pensar e actuar como uma nação”.
O Fórum de Debate Nacional entende que cabe à totalidade da cidadania empreender o caminho que levará Euskal Herria até à soberania. Um trajecto no qual se deverão gerar ferramentas, capacidades e recursos em âmbitos como o político, económico e cultural. Uma estratégia nacional baseada, em suma, na construção nacional.
Aristegi e Irastorza manifestaram a convicção de que esta estratégia conduzirá Euskal Herria a uma situação de reconhecimento e unidade, longe do contexto actual de negação e divisão. “É esse o desafio que enfrentamos como povo, e a exigência que nos fazem milhares e milhares de abertzales”, afirmaram por entre os aplausos insistentes, num frontão Gaztelu Zahar que se tornou pequeno.
A emblemática ponte de Santiago foi o ponto de encontro para milhares de abertzales de diversas proveniências e sensibilidades. O Fórum de Debate Nacional juntou uma multidão que caminhou unida, passando por cima de divergências, com o propósito de celebrar em conjunto o dia da sua nação e exigir aos políticos que dêem um rumo à aspiração popular de ser uma nação livre.
A maré humana que ligou passo a passo Gipuzkoa e Lapurdi foi o reflexo da existência de um povo vivo e com vontade de viver. Maite Aristegi, porta-voz do Fórum de Debate Nacional, ressaltou que o território, a língua, a cultura e uma história própria são os ingredientes que compõem uma nação. “E Euskal Herria conta com todos eles, além do compromisso e da adesão das suas cidadãs e dos seus cidadãos”, sublinhou com orgulho.
Embora o Fórum de Debate Nacional adivinhe “o início de uma nova era de opressão e divisão em Euskal Herria”, mostra-se também convencido de que a cidadania basca conta com “a energia, a capacidade, a força e as possibilidades para ser uma nação livre”.
“Somos a maioria, sim, mas nossas forças encontram-se dispersas”, afirmou o outro porta-voz da iniciativa Mikel Irastorza, que exigiu às formações abertzales que tomem em consideração como uma prioridade as necessidades e interesses da nação.
Afirmou que chegou o momento de “deixar de lado os interesses particulares; e de pensar e actuar como uma nação”.
O Fórum de Debate Nacional entende que cabe à totalidade da cidadania empreender o caminho que levará Euskal Herria até à soberania. Um trajecto no qual se deverão gerar ferramentas, capacidades e recursos em âmbitos como o político, económico e cultural. Uma estratégia nacional baseada, em suma, na construção nacional.
Aristegi e Irastorza manifestaram a convicção de que esta estratégia conduzirá Euskal Herria a uma situação de reconhecimento e unidade, longe do contexto actual de negação e divisão. “É esse o desafio que enfrentamos como povo, e a exigência que nos fazem milhares e milhares de abertzales”, afirmaram por entre os aplausos insistentes, num frontão Gaztelu Zahar que se tornou pequeno.
Uma hora antes, e com o atraso devido ao caos rodoviário gerado pela afluência de gente, uma ikurriña de grandes dimensões tinha aberto o caminho por entre a multidão que se amontoava nas bermas.
Sem se conseguir ver o fim
O símbolo basco, levado por dantzaris do grupo Kemen e cidadãos, foi recebido com aplausos sentidos e diversos irrintzis [gritos]. Atrás dela desfilaram representantes dos agentes que aderiram à iniciativa, como Bilgune Feminista, IA, EHBE, Askapena, Bai Eukal Herriari, etc. Entre a multidão viam-se caras conhecidas como a de Ainhoa Etxaide, secretária-geral do LAB; o dirigente do EHNE Paul Nicholson; Maiorga Ramírez, porta-voz do NaBai no Parlamento de Nafarroa e presidente do EA neste território; dirigentes do Aralar como Jon Abril e Patxi Zabaleta; ou representantes independentistas como Arnaldo Otegi, Tasio Erkizia, a advogada Jone Goirizelaia, os membros da EAE-ANV Kepa Bereziartua e Txarli González, entre outros.
A faixa – com o lema «Aldaketa garaia, burujabetza garaia. Nazio bat gara zazpiak bat» [É tempo de mudança, é tempo de soberania. Os sete somos uma nação] – foi abrindo caminho com passo firme e decidido, enquanto milhares de cidadãos esperavam à beira da estrada com ikurriñas, bandeiras de Nafarroa e arrano beltzas [águias negras; um dos símbolos da Nafarroa independente], até se encontrar bem sobre a ponte de Santiago, onde se viveu o momento mais emotivo da jornada. No mesmo lugar onde o monólito do escultor Jorge Oteiza “divide Espanha e França”, a marcha fez uma paragem para honrar a bandeira basca.
Centenas de pessoas que esperavam a marcha do outro lado do rio Bidasoa iniciaram o caminho até ao meio da ponte ao som das gaitas. Depois de unidas as duas pontas da marcha, os dantzaris dançaram a Ikurrin-Dantza, enquanto centenas de panfletos onde se lia «Ikurrina geurea» [Ikurriña, é a nossa], e onde se via as bandeiras espanhola e francesa riscadas, andavam pelo ar.
A marcha prosseguiu pelo centro de Hendaia, onde o silêncio era cortado pelos gritos a favor da independência e pelas txalapartas improvisadas a cada esquina, até se chegar ao frontão Gaztelu Zahar, que foi diminuto para acolher a multidão de abertzales.
O símbolo basco, levado por dantzaris do grupo Kemen e cidadãos, foi recebido com aplausos sentidos e diversos irrintzis [gritos]. Atrás dela desfilaram representantes dos agentes que aderiram à iniciativa, como Bilgune Feminista, IA, EHBE, Askapena, Bai Eukal Herriari, etc. Entre a multidão viam-se caras conhecidas como a de Ainhoa Etxaide, secretária-geral do LAB; o dirigente do EHNE Paul Nicholson; Maiorga Ramírez, porta-voz do NaBai no Parlamento de Nafarroa e presidente do EA neste território; dirigentes do Aralar como Jon Abril e Patxi Zabaleta; ou representantes independentistas como Arnaldo Otegi, Tasio Erkizia, a advogada Jone Goirizelaia, os membros da EAE-ANV Kepa Bereziartua e Txarli González, entre outros.
A faixa – com o lema «Aldaketa garaia, burujabetza garaia. Nazio bat gara zazpiak bat» [É tempo de mudança, é tempo de soberania. Os sete somos uma nação] – foi abrindo caminho com passo firme e decidido, enquanto milhares de cidadãos esperavam à beira da estrada com ikurriñas, bandeiras de Nafarroa e arrano beltzas [águias negras; um dos símbolos da Nafarroa independente], até se encontrar bem sobre a ponte de Santiago, onde se viveu o momento mais emotivo da jornada. No mesmo lugar onde o monólito do escultor Jorge Oteiza “divide Espanha e França”, a marcha fez uma paragem para honrar a bandeira basca.
Centenas de pessoas que esperavam a marcha do outro lado do rio Bidasoa iniciaram o caminho até ao meio da ponte ao som das gaitas. Depois de unidas as duas pontas da marcha, os dantzaris dançaram a Ikurrin-Dantza, enquanto centenas de panfletos onde se lia «Ikurrina geurea» [Ikurriña, é a nossa], e onde se via as bandeiras espanhola e francesa riscadas, andavam pelo ar.
A marcha prosseguiu pelo centro de Hendaia, onde o silêncio era cortado pelos gritos a favor da independência e pelas txalapartas improvisadas a cada esquina, até se chegar ao frontão Gaztelu Zahar, que foi diminuto para acolher a multidão de abertzales.
Os milhares de cidadãos ontem reunidos abarrotaram a ponte de Santiago, formando uma grande maré humana. Captar essa imagem foi o desejo de muitos, que se transformaram em fotógrafos de improviso recorrendo a telemóveis e a máquinas digitais. No entanto, ninguém conseguiu fotografar a marcha por inteiro, já que, enquanto a cabeça entrava na recta final do percurso, atravessando a ponte que dá acesso à parte velha de Hendaia, os últimos manifestantes não tinham acabado de atravessar o rio Bidasoa.
A repressão a que Euskal Herria se vê sujeita ontem também se sentiu, já que muitos cidadãos não puderam fazer todo o percurso. Alguns estão proibidos de abandonar o Estado espanhol, outros não podem viver livremente no lugar de Euskal Herria da sua preferência. Manifestantes como Arnaldo Otegi tiveram que abandonar a marcha em Irun, enquanto outros só se puderam juntar a ela já em Lapurdi.
Oihana LLORENTE
Notícia completa: Gara