sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Exigem a «libertação imediata» de Ibon Iparragirre, tendo em conta «a gravidade do seu estado de saúde»

O colectivo Jaiki Hadi lançou o alerta numa conferência de imprensa, ontem, em Bilbo. Mati Iturralde e Iñaki Uruburu afirmaram a que a permanência do ondarroara na prisão (Basauri) «não faz mais do que aumentar de o risco de contracção de uma infecção», o que iria acelerar «um desenlace fatal».

Há três meses, este mesmo colectivo já tinha chamado a atenção para a gravidade da situação de Iparragirre, que tem Sida há mais de 20 anos e que de há três meses para cá passou por três prisões diferentes, antes de ir parar a Euskal Herria.
A última das transferências, de Sevilha para Basauri, arrastou-se durante dez dias, que «foram decisivos para observar um claro agravamento do seu estado de saúde».

«Entre o último exame que lhe foi realizado em Sevilha, em Julho, e o que lhe foi feito há escassas duas semanas, a sua carga viral quase triplicou, passando de 84 000 para 232 000, parâmetros que apontam para o estado avançado da sua doença», referiram.
Disseram que Iparragirre não consegue «ler ou escrever ou mesmo reconhecer os companheiros à sua volta».

Concentração
A plataforma Iparra Galdu Baik, de apoio a Iparragirre, convocou uma concentração para este sábado, às 11h30, em frente à prisão de Basauri para exigir a libertação do ondarroarra. O protesto conta com o apoio da iniciativa Egin Dezagun Bidea.
Ver: Gara

Ver também: «Camacho, ministro do Interior, afirma que o Governo não prevê "nenhum movimento nem aproximação massiva dos presos"» (Gara)

A AN absolve Xabier Etxeberria, ao refutar os depoimentos forçados na esquadra
A Audiência Nacional espanhola mandou libertar o preso azpeitiarra Xabier Etxeberria, absolvendo-o das acusações que pendiam sobre ele por causa da participação no atentado contra a discoteca Universal de Lakuntza, em 2001.
O tribunal especial recusou-se a aceitar os depoimentos efectuados pelos outros dois acusados no mesmo processo, Koldo Mariñelarena e Roberto Lebrero, durante o tempo que permaneceram incomunicáveis.
Os três militantes independentistas, que foram julgados no passado dia 29 de Setembro, e Mariñelarena e Lebrero negaram o envolvimento de Etxeberria nessa ocorrência. Ambos afirmaram que os seus depoimentos foram consequência da tortura a que foram submetidos pela Polícia.
Etxeberria, por seu lado, também negou ter participado no atentado, e a Audiência Nacional decretou a sua libertação.
Mariñelarena e Lebrero, no entanto, foram condenados a 25 anos de prisão.
Etxeberria foi detido em 2003 no Estado francês, e, depois de cumprir a pena a que foi condenado pelo Tribunal de Paris, foi posto sob alçada do Estado espanhol em 2009. Permaneceu encarcerado desde então na prisão de Teruel.
Fonte: Gara