quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O EA pede a Urgell que explique «por que mistura política e literatura» na decisão sobre Sarrionandia

O EA solicitou a presença da conselheira da Cultura, Blanca Urgell, no Parlamento de Gasteiz, para que explique «por que razão o Governo mistura política e literatura», ao reter a verba a que Joseba Sarrionandia tem direito por ter ganho o Prémio Euskadi na modalidade de ensaio.

«Joseba Sarrionandiari saria ez emateak PSE, PP eta UPyDren intrasigentziari erantzuten dio» (ezkerabertzalea.info)
[A não entrega do prémio a Joseba Sarrionandia fica a dever-se à intransigência de PSE, PP e UPyD]

«O PP pede explicações a Patxi López sobre a concessão do galardão a Sarrionandia e a UPyD solicita a revogação»

«Venganza, también en los premios literarios» (editorial do Gara)

O deputado do EA, Juanjo Agirrezabala, pediu que Blanca Urgell explique no Parlamento por que razão o Governo decidiu reter o pagamento dos 18 000 euros que Joseba Sarrionandia deve receber por ter vencido o Prémio Euskadi de ensaio.
Para o EA, é «grave que o Executivo misture política e literatura e se eleve à categoria de juiz que decide apenas com base em preconceitos políticos quem tem direito a receber um prémio literário».

Agirrezabala recorda, num comunicado, que os Prémios Euskadi «têm por fito galardoar trabalhos literários, não a trajectória pessoal e política dos autores». Na sua perspectiva, são questões que «é necessário saber distinguir, porque, se assim não for, cometem-se arbitrariedades como esta, que tem Sarrionandia como protagonista involuntário».

Por isso, exige que o escritor de Iurreta (Bizkaia) receba o galardão «para todos os efeitos», incluindo a verba económica que o acompanha, já que, em seu entender, «o contrário seria aceitar que o Governo pudesse decidir a cada momento quem merece um prémio literário em função de a trajectória pessoal se ajustar mais ou menos ao seu gosto».

«Se hoje aceitarmos que o prémio não seja entregue a Sarrionandia, amanhã será um qualquer outro escritor a sofrer os preconceitos políticos do Governo de turno», advertiu.
Fonte: Gara