sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Apagão em Arratia contra a desertificação industrial e a destruição do emprego

Os vários municípios da região biscainha de Arratia vieram esta quarta-feira para a rua e apagaram as luzes em apoio à iniciativa social e laboral que tinha como objectivo denunciar a destruição do emprego e o processo de desindustrialização da comarca. Expressaram ainda a sua solidariedade aos trabalhadores da Incoesa e da FCC Alfus.

A plataforma Arratian Lan eta Bizi! considerou bastante positiva a resposta à iniciativa do apagão «Argie amatau etorkizune izitako» contra a destruição do emprego e a desindustrialização da comarca. A iniciativa teve a adesão de vários agentes e organizações políticos, sindicais e sociais.

Foram aprovadas moções em vários municípios: com o apoio de todos os grupos representados - PNV, EH Bildu, PSE e Aldatuz - em Lemoa, Bedia e Artea, e com o apoio do EH Bildu e da Igorre Danontzat em Dima e Igorre.
Na segunda-feira, os sindicatos ELA e LAB também já tinham divulgado o apoio de comissões de trabalhadores de quase uma dezena de empresas, como a Cementos Lemona, a Ormazabal, a Negarra ou a Alyasa.

Ontem, ao longo do dia os trabalhadores da GEA Ibérica, da Forjas Unidas e da Technichapa concentraram-se à porta destas empresas para reclamar futuro para a região. O apagão foi também visível no exterior das instalações fabris e das várias sedes muni
cipais de Arratia.

Nas concentrações convocadas para as praças de todos as localidades de Arratia participaram cerca de 300 pessoas, com destaque para as de Lemoa, Bedia, Igorre, em que os autarcas também participaram, Dima, Zeanuri ou Areatza. Ao cair da noite, o som de sirenes instaladas em automóveis ou colocadas nas praças anunciaram a hora do apagão, durante o qual os participantes nas mobilizações acenderam velas.

Itzalaldia Arratian [Arratieko Gazteak] A plataforma Arratian Lan eta Bizi! recordou que, «apesar do êxito da iniciativa, ainda há muito para fazer: os conflitos nas empresas Incoesa y Alfus, os cerca de mil desempregados na comarca...». «Só um novo modelo socioeconómico permitirá dar a volta a esta situação, e isso passa pela mudança das políticas económicas deste país e pela mobilização», concluiu. / Ver: Gara e LAB