domingo, 4 de outubro de 2015

O povo de Gasteiz condenou o Estado espanhol

Cerca de 500 pessoas juntaram-se no centro de Gasteiz para participar no «julgamento popular» contra o Estado espanhol, que foi condenado pela sua política imperialista. O julgamento pôs fim a uma jornada de mobilização convocada pela plataforma Herriak Libre, que tem como objectivo denunciar o processo contra a Askapena, Askapeña, Herriak Aske e Elkar Truke, e cinco militantes internacionalistas bascos.

Participaram na iniciativa múltiplas organizações sociais, políticas e sindicais, como a Etxerat, o LAB, o Ikasle Abertzaleak, a Associação 3 de Março, a Fracking Ez ou os Amigos do Saara, que leram as acusações contra o Estado espanhol, entre as quais constam a imposição de um modelo de Educação mercantilista, a aplicação da dispersão às presas e aos presos políticos bascos, o amparo aos criminosos franquistas, a eliminação das leis contra o fracking e o apoio a transnacionais em países da América do Sul.

Na presença de «representantes espanhóis» da Igreja, do grande capital, da monarquia, da Guarda Civil - algemados e acorrentados -, Rubén Sánchez disse: «na base daquela operação repressiva esteve apenas e só um motivo - golpear o internacionalismo e deixá-lo manietado, assustado, diminuído. Mas nada disso foi conseguido. Os que foram presos e encarcerados fizeram-nos sentir ainda mais orgulho de sermos internacionalistas bascos. A Askapena veio para a rua nesse mesmo dia e continuou a trabalhar publicamente com todas as suas forças nestes últimos cinco anos».

Fim-de-semana repleto de julgamentos
Muitas outras mobilizações de apoio ao internacionalismo e julgamentos contra o Estado imperialista espanhol tiveram lugar este fim-de-semana: na sexta-feira, 2, houve julgamentos e mobilizações em Bilbo, Altsasu, Berriozar e Buenos Aires (Argentina); ontem, 3, as iniciativas repetiram-se em Ordizia, Zarautz, Algorta, Irun, Barakaldo, Galdakao, Atarrabia e Caracas (Venezuela). As conclusões de todos estes julgamentos contra o Estado espanhol serão reunidas no dia 12 de Outubro em Iruñea, onde se realiza a Marcha dos Povos Livres. / Ver: naiz e HerriakLibre