Os visados foram multados por terem participado na manifestação da jornada «Alde Hemendik!». Denunciam que a punição está ligada à Lei da Mordaça e exigem respeito pela liberdade de expressão.
No dia 10 de Outubro de 2015, celebrou-se em Algorta (Getxo, Bizkaia) o dia «Alde Hemendik!» [Vão-se embora!], por iniciativa do movimento contra as forças de ocupação Algortatik Hanka. No âmbito da programação, realizou-se uma grande manifestação, e é por nela terem participado que as 16 pessoas são acusadas de «falta de respeito pelas forças de segurança».
Para o Algortatik Hanka, a Polícia tratou do assunto graças à Lei da Mordaça: a Guarda Civil fez a queixa e a Ertzaintza lidou com a via administrativa.
«Como é possível 16 pessoas receberem multas por participarem numa manifestação legal? Como é possível que a Polícia seja a acusação e o juiz?», perguntaram a todos os que dizem que Euskal Herria vive uma «situação de paz».
Em seu entender, longe de desaparecer, a repressão contra um determinado sector da sociedade «intensificou-se e refinou-se»: «em Euskal Herria estamos habituados a estes tipos de repressão, mas com a Lei da Mordaça esta prática foi estabilizada e legalizada», afirmaram.
Por outro lado, mostraram-se preocupados sobre o sistema de identificação destas pessoas. Os 16 foram identificados através de um vídeo gravado pela Guarda Civil, sem que no próprio dia tenha havido uma identificação presencial e física. Em seu entender, «os ficheiros e recursos usados para o controlo social» são motivo para alerta. «Que tipo de ficheiros tem a Guarda Civil para poder fazer estas identificações?», perguntaram.
O Algortatik Hanka considera que a punição representa um ataque à liberdade de expressão e fez saber que gritará ainda mais alto que as forças de ocupação não têm lugar em Euskal Herria. / Ver: argia e topatu.eus
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Dezasseis multados em Algorta por se manifestarem contra a Guarda Civil
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