Familiares de Aitziber Ezkerra e Gurutz Agirresarobe, presos em Hernani, deram uma conferência de imprensa, acompanhados por dezenas de hernaniarras, na qual exigiram que sejam respeitados os direitos dos detidos.
Manifestaram-se profundamente «preocupados» pela forma como possam estar a ser tratados e, em especial, pelo estado de Ezkerra, em virtude de sofrer de uma doença reumática.
Uma médica de confiança e Peio Zubiria, que foi detido e esteve incomunicável no âmbito do caso Egunkaria e que sofre da mesma doença, confirmaram a gravidade do caso.
Esclareceram que esta doença crónica e degenerativa requer tratamento físico e psicológico e que as posturas a que a poderão estar a submeter na esquadra «podem causar um bloqueio nas suas articulações», que depois afectará a sua mobilidade.
Do ponto de vista jurídico, criticaram o facto de o juiz Grande Maralaska ter recusado a aplicação do protocolo de Garzon para evitar a tortura.
Fonte: Gara
As pessoas detidas em Hernani continuam incomunicáveis
Gurutz Agirresarobe e Aitziber Ezkerra, os dois detidos em Hernani, continuam em instalações policiais, segundo indicou a Efe, citando fontes do Departamento do Interior de Lakua.
O Movimento pró-Amnistia já deu a conhecer o seu receio quanto ao tratamento que possam estar a receber os detidos na operação da Ertzaintza, uma operação que diversos meios de comunicação compararam com a efectuada pelo mesmo corpo policial em Ondarroa. Pessoas detidas naquela ocasião denunciaram ter sido torturadas.
Rodolfo Ares, conselheiro do Interior, assegurou que Gurutz Agirresarobe e Aitziber Ezkerra eram «uma célula dormente» da ETA e acusou-os de participar, em 2003, na morte do polícia municipal Joseba Pagazaurtundua, que era militante da plataforma Basta Ya e que a ETA qualificou como «colaborador da Guarda Civil».
Fonte: Gara
Na foto inferior: várias centenas de pessoas protestaram, ontem à tarde, em Hernani, contra as detenções.
