quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Só UPN, PP e PSN se recusam a ouvir os afectados pelas «listas negras»


A plataforma que denuncia a situação dos jovens navarros que apareceram em «listas negras» e foram processados na sequência de mega-operações afirmaram que os partidos políticos que mais responsabilidade têm na sua situação não os quiseram receber.

A plataforma que defende afectados pelas macro-operações contra jovens independentistas levadas a cabo em Nafarroa e pessoas cujos nomes figuram nas «listas negras» policiais afirmaram numa nota de imprensa que concluíram a ronda de contactos com agentes políticos, sociais e sindicais que iniciaram em Novembro de 2008.

Nesta nota de imprensa, afirmam que PSN, UPN e PP não os quiseram receber. De acordo com os jovens, são «precisamente aqueles que têm maior responsabilidade na situação» que vivem. Na ronda de contactos, puderam reunir-se com todos os restantes partidos do actual espectro político de Nafarroa. Agradeceram a todos pelo facto de os terem ouvido, embora tenham salientado que mantêm «grandes diferenças» com alguns deles.

Diferentes respostas
Na nota de imprensa, afirmam que «muitos jovens navarros, em virtude da sua ideologia e do seu trabalho político, são detidos, incomunicáveis, torturados e encarcerados» e que «isso é inadmissível».

Com o Eusko Alkartasuna, a esquerda abertzale, Batzarre, Aralar e o PNV reuniram-se antes da manifestação de 22 de Maio em Iruñea, que denunciou a situação dos jovens das «listas negras». Todos concordaram com a denúncia que realizaram, apesar de o PNV e o Batzarre tenham posto como condição para um trabalho conjunto que os jovens implicados expressassem uma condenação da ETA. Por seu lado, a esquerda abertzale, o Aralar e o Eusko Alkartasuna fizeram sua a denúncia e participaram na citada manifestação.

Depois do protesto, a ronda de contactos prosseguiu. Em finais de Julho, reuniram-se com a CDN. Explicam que os seus representantes reconheceram «que é mais fácil que ocorram casos de tortura durante o período de incomunicação». Em finais de Agosto estiveram também com a IUN, que manifestou a sua preocupação e incitou os familiares a continuarem a trabalhar. Com todos os partidos que se reuniram decidiram efectuar um outro contacto durante este Outono «para analisar dinâmicas que podemos realizar conjuntamente».

Yuri AGIRRE
Fonte: Gara