Duas decisões de sentido contrário de dois tribunais sobre a eventual entrega de dois jovens bascos a Madrid. Enquanto o Tribunal de Magistrados londrino rejeitava o pedido de entrega tramitado contra Garikoitz Ibarluzea, o Supremo Tribunal francês aprovava a resolução favorável à entrega de Ion Telleria adoptada pelo Tribunal de Pau no dia 30 de Junho. Este último foi detido em Donibane Lohizune.
O Tribunal de Magistrados de Londres, que examinou no dia 20 de Julho o pedido de extradição tramitado pela Audiência Nacional espanhola contra Garikoitz Ibarluzea, decidiu esta quinta-feira que não era «válido». A juíza Daphne Wickham decretou ainda a sua libertação sob fiança de 15 000 libras (à volta de 18 200 euros). Não obstante, o magistrado do MP recorreu das duas decisões, pelo que Ibarluzea continuará na prisão, pelo menos, até segunda-feira, dia em que o tribunal de Westminster tomará uma decisão sobre a sua libertação.
O Movimento pró-Amnistia recordou que a própria juíza se mostrou preocupada por causa do tempo reclusão do natural de Ibarra, que foi detido no dia 14 de Março em Londres, onde trabalhava como cozinheiro. As numerosas irregularidades do mandado europeu emitido pelas autoridades espanholas foram atrasando a audiência.
A defesa de Ibarluzea já as tinha realçado durante a audiência em que foram examinados os três pedidos - as três formuladas de forma diferente - enviados pela audiência espanhola ao tribunal britânico.
Nem o magistrado do MP pôde negar as irregularidades, mas, apesar disso, insistiu na validação da entrega às autoridades espanholas, argumentando que «se devia confiar no Estado espanhol» e que a Audiência Nacional «logo resolveria as questões de forma».
Ion Telleria, ao apresentar-se na esquadra
Também na quinta-feira, Ion Telleria foi detido, em Donibane Lohizune, quando se apresentou na esquadra desta localidade de Lapurdi, como o vinha fazendo todos os dias desde que o juiz de Pau assim o decretou, entre outras medidas cautelares relativas à sua liberdade provisional.
Também na quinta-feira, Ion Telleria foi detido, em Donibane Lohizune, quando se apresentou na esquadra desta localidade de Lapurdi, como o vinha fazendo todos os dias desde que o juiz de Pau assim o decretou, entre outras medidas cautelares relativas à sua liberdade provisional.
Por volta das 13h45, o idiazabaldarra entrou na esquadra com sua companheira, tendo saído depois de proceder à habitual identificação e assinatura. Quando se aproximavam do parque de estacionamento onde estava a sua viatura, apareceram uns seis polícias, alguns dos quais encapuzados, e detiveram-no.
Inicialmente, os agentes da esquadra disseram à sua companheira que ele seria levado para Baiona, mas, quando esta se apresentou nesta esquadra, foi-lhe dito que já o estavam entregar às autoridades espanholas, sem ter sequer passado pela capital de Lapurdi.
O jovem independentista foi preso pela primeira vez em Senpere, no dia 9 de Junho, com base num pedido do juiz da Audiência Nacional Fernando Grande-Marlaska, que acusou Telleria de «pertencer à direcção de Segi».
O Tribunal de Pau pronunciou-se a favor da entrega no passado dia 30 de Junho. Telleria recorreu da sentença no Supremo Tribunal (Cour de Cassation), e, desde então, aguardava a decisão definitiva, que lhe foi comunicada na quinta-feira após a sua detenção. Os seus advogados ficaram a par da situação praticamente no momento em que foi detido.
A Polícia espanhola tentou prender Telleria na operação movida contra jovens independentistas em Novembro último. O natural de Idiazabal (Gipuzkoa) trabalha na emissora Info 7 irratia e reside em Urruña (Lapurdi), onde, como informou a Askatasuna na altura, levava «uma vida pública normal».
Notícia completa: Gara
Inicialmente, os agentes da esquadra disseram à sua companheira que ele seria levado para Baiona, mas, quando esta se apresentou nesta esquadra, foi-lhe dito que já o estavam entregar às autoridades espanholas, sem ter sequer passado pela capital de Lapurdi.
O jovem independentista foi preso pela primeira vez em Senpere, no dia 9 de Junho, com base num pedido do juiz da Audiência Nacional Fernando Grande-Marlaska, que acusou Telleria de «pertencer à direcção de Segi».
O Tribunal de Pau pronunciou-se a favor da entrega no passado dia 30 de Junho. Telleria recorreu da sentença no Supremo Tribunal (Cour de Cassation), e, desde então, aguardava a decisão definitiva, que lhe foi comunicada na quinta-feira após a sua detenção. Os seus advogados ficaram a par da situação praticamente no momento em que foi detido.
A Polícia espanhola tentou prender Telleria na operação movida contra jovens independentistas em Novembro último. O natural de Idiazabal (Gipuzkoa) trabalha na emissora Info 7 irratia e reside em Urruña (Lapurdi), onde, como informou a Askatasuna na altura, levava «uma vida pública normal».
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Entretanto, já ontem ficou-se a saber que o jovem independentista tinha sido encarcerado em Soto del Real e que, de acordo com informações avançadas pelos seus familiares, será presente a um juiz na segunda-feira de manhã.