O preso político basco Ander Geresta, que cumpria ontem onze dias em greve de fome e sede, será levado em breve para um hospital de Moulins, segundo fizeram saber ao Gara os seus familiares. Entretanto, a direcção da prisão ter-se-á comprometido a tratar os presos bascos de forma digna e estes mostraram a intenção de abandonar o protesto caso isso se venha a confirmar.
O preso zizurkildarra já esteve no hospital no quinto dia de jejum, e perdeu uns 15 kg. Também confirmaram que Jabi Abaunza, preso que secunda o mesmo protesto, conseguiu autorização para se reunir com o seu advogado - que falará também com a direcção da prisão francesa de Moulins, onde ambos são reclusos - e que isso devia acontecer ontem.
Por outro lado, familiares e amigos de Abaunza e Geresta compareceram ontem de manhã em Bilbo perante a imprensa e, acompanhados por representantes da Etxerat, deram conta da grave situação que estes dois presos atravessam, ao mesmo que denunciaram «a roleta russa a que os estados espanhol e francês pretendem jogar com as políticas penitenciárias vigentes, colocando os nossos familiares à beira da morte».
Assim, avisaram que «essa corda fina e frágil se poderá partir a qualquer momento».
Da mesma forma, também criticaram o facto de o preso Mikel Ibañez ter sido forçado a regressar à prisão, quando se encontrava há dois anos em regime de prisão atenuada por causa da grave doença que sofre.
Fonte: Gara
O preso zizurkildarra já esteve no hospital no quinto dia de jejum, e perdeu uns 15 kg. Também confirmaram que Jabi Abaunza, preso que secunda o mesmo protesto, conseguiu autorização para se reunir com o seu advogado - que falará também com a direcção da prisão francesa de Moulins, onde ambos são reclusos - e que isso devia acontecer ontem.
Por outro lado, familiares e amigos de Abaunza e Geresta compareceram ontem de manhã em Bilbo perante a imprensa e, acompanhados por representantes da Etxerat, deram conta da grave situação que estes dois presos atravessam, ao mesmo que denunciaram «a roleta russa a que os estados espanhol e francês pretendem jogar com as políticas penitenciárias vigentes, colocando os nossos familiares à beira da morte».
Assim, avisaram que «essa corda fina e frágil se poderá partir a qualquer momento».
Da mesma forma, também criticaram o facto de o preso Mikel Ibañez ter sido forçado a regressar à prisão, quando se encontrava há dois anos em regime de prisão atenuada por causa da grave doença que sofre.
Fonte: Gara
Actualização (12/08/2010): «Abaunza e Geresta põem fim à greve de fome e sede depois do compromisso do director da prisão»
«Alertam para o estado dos presos Abaunza e Geresta em Moulins», de Oihana LLORENTE
O tratamento dos carcereiros aos bascos que se encontram na prisão francesa de Moulins levou Ander Geresta e Jabi Abaunza a iniciar uma greve de fome e sede, que hoje atinge o seu 11.º dia. Embora não haja elementos exactos sobre a sua situação, sabe-se que o primeiro perdeu quinze quilos e que ao segundo começam a falhar os rins. As advertências médicas são claras: «Mais de uma semana sem ingerir água é perigo de morte».
VER: Gara
Editorial: «Liberdade dos presos bascos, desafio prioritário»
A situação dos presos políticos bascos volta a deixar-nos dois exemplos da dura realidade que alguns querem esconder e todos deveríamos abordar em clave de solução e de forma inteligente. A situação preocupante dos presos Jabi Abaunza e Ander Geresta, encarcerados na prisão francesa de Moulins, bem como o encarceramento do elgoibartarra Mikel Ibañez após quase dois anos de prisão atenuada por causa de um cancro, voltam a evidenciar que a intenção de punir os presos bascos aparece em todo o lado e em lado nenhum, sempre disposta a causar estragos. E, infelizmente, em demasiadas ocasiões com raiva, sem respeito pelo que a lei decreta, e com clara intencionalidade de condicionar o desenvolvimento do processo político em Euskal Herria.
O momento político pede que se vá mais além da necessária denúncia de situações concretas, que nos afastemos de uma roda de agravos e casuística que poderia desviar a atenção do que hoje é urgente para a esquerda abertzale e para o independentismo no seu conjunto: conceber a libertação dos presos como um dos desafios prioritários do processo democrático. Urge abordar este tema e atribuir-lhe a centralidade política que merece, com base numa decisão colectiva e concretizável no espaço e no tempo, de forma acordada e ordenada, situando a libertação dos presos bascos como uma das referências da regeneração e restituição dos mínimos democráticos que hoje se vislumbram como o ponto zero ou a primeira estação do processo. Um processo democrático que, não sem dificuldades e ameaças, já vai abrindo caminho. Este desafio constitui não só uma obrigação moral e militante para a esquerda abertzale, mas também um ponto de apoio obrigatório para a gestão ofensiva e expansiva dos acordos que já estão a ser trabalhados no movimento abertzale de esquerda.
Assim se romperia a espiral do silêncio que o Estado quer construir em torno deste tema, para que uma demanda social maioritária - o repatriamento dos presos bascos e a sua libertação - não se manifeste na praça pública. Assim se neutralizariam as falsas manobras de bons e maus, castigo e prémio, que o Estado tanto tem propagado ultimamente. Assim ganharia a mudança política.
Fonte: Gara