As últimas detenções em Hernani e o seu posterior tratamento por parte dos meios de comunicação levam a uma análise mais concreta que a que situa esta nova operação policial no conflito basco e no âmbito da estratégia política do Estado espanhol. A forma específica como a operação foi apresentada à opinião pública - associando uma alegada maior eficácia da Ertzaintza a novas técnicas criminalísticas -, bem como a evidente inclinação propagandística adoptada pela maioria dos meios de comunicação - quebrando uma vez mais a presunção de inocência e elevando a anedota pessoal a notícia ou mesmo a prova -, tornam pertinente essa reflexão.
Se as evidências são tão claras, se as graves acusações contra os detidos se baseiam realmente em provas científicas contrastadas como o ADN e são juridicamente válidas, por que é que os detidos passaram a estar incomunicáveis? Prosseguindo com os avanços tecnológicos e sua aplicação ao trabalho policial e, em princípio, às garantias que este trabalho implica, actualmente é possível gravar na íntegra o período de permanência dos detidos em instalações policiais. Se, tal como afirmam as autoridades espanholas, as denúncias de tortura efectuadas por detidos em regime de incomunicação são falsas por sistema, por que não se garante essa gravação? Isso constituiria uma autêntica prova da verdade ou da falsidade dessas denúncias. Recorde-se que o conselheiro do Interior do Governo de Lakua teve de se retractar perante um juiz ao não poder - ou querer - apresentar as imagens de uma operação policial anterior, concretamente a que foi levada a cabo em Ondarroa. Paradoxalmente, a única intervenção de Rodolfo Ares a esse respeito foi interpor uma queixa contra o advogado dos detidos por denunciar maus tratos publicamente.
É significativo também que nenhum órgão de comunicação coloque estas questões elementares, nem sequer para compensar a sistemática violação das mais elementares normas deontológicas da profissão.
Fonte: Gara
Ver também: «Urizar afirma que o Departamento do Interior de Lakua procura "retirar benefícios mediáticos de cada movimento"»
"O secretário-geral do Eusko Alkartasuna, Pello Urizar, afirmou que o Departamento do Interior de Lakua procura 'colher benefícios mediáticos" de 'cada movimento', tendo referido que a sua força política não 'irá ajudar o Departamento do Interior' no que diz respeito a 'essa aposta nos benefícios mediáticos'».
Se as evidências são tão claras, se as graves acusações contra os detidos se baseiam realmente em provas científicas contrastadas como o ADN e são juridicamente válidas, por que é que os detidos passaram a estar incomunicáveis? Prosseguindo com os avanços tecnológicos e sua aplicação ao trabalho policial e, em princípio, às garantias que este trabalho implica, actualmente é possível gravar na íntegra o período de permanência dos detidos em instalações policiais. Se, tal como afirmam as autoridades espanholas, as denúncias de tortura efectuadas por detidos em regime de incomunicação são falsas por sistema, por que não se garante essa gravação? Isso constituiria uma autêntica prova da verdade ou da falsidade dessas denúncias. Recorde-se que o conselheiro do Interior do Governo de Lakua teve de se retractar perante um juiz ao não poder - ou querer - apresentar as imagens de uma operação policial anterior, concretamente a que foi levada a cabo em Ondarroa. Paradoxalmente, a única intervenção de Rodolfo Ares a esse respeito foi interpor uma queixa contra o advogado dos detidos por denunciar maus tratos publicamente.
É significativo também que nenhum órgão de comunicação coloque estas questões elementares, nem sequer para compensar a sistemática violação das mais elementares normas deontológicas da profissão.
Fonte: Gara
Ver também: «Urizar afirma que o Departamento do Interior de Lakua procura "retirar benefícios mediáticos de cada movimento"»
"O secretário-geral do Eusko Alkartasuna, Pello Urizar, afirmou que o Departamento do Interior de Lakua procura 'colher benefícios mediáticos" de 'cada movimento', tendo referido que a sua força política não 'irá ajudar o Departamento do Interior' no que diz respeito a 'essa aposta nos benefícios mediáticos'».
«A Ertzaintza vai prolongar durante cinco dias a situação de incomunicação de Agirresarobe e Ezkerra»
"A Ertzaintza irá manter Gurutz Agirresarobe e Aitziber Ezkerra em situação de incomunicação durante cinco dias nas suas instalações, segundo indicou a agência Efe, citando fontes policiais."