quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A advogada Yolanda Molina denuncia «intimidações» para desempenhar papel de intermediária com um preso

Um desconhecido que se expressava em castelhano e que se apresentou como «enviado do Governo espanhol e das autoridades espanholas» abordou a advogada em Baiona na noite de 3 de Novembro, pressionando-a para que desempenhasse o papel de «intermediária» com um preso basco por ela defendido, denunciou Molina num comunicado ontem tornado público.
Organizações de advogados como o Syndicat des avocats de France (SAF), a Union de Jeunes Avocats du Barreau de Bayonne/Baionako Abokatu Gazteen Elkartea ou o Conseil de l’Ordre des Avocats du Barreau de Bayonne condenaram com firmeza esta coacção, que consideram «um ataque às funções da defesa».
Arantxa MANTEROLA
VER: Gara

O México detém e entrega às autoridades espanholas o basco Juan Carlos Rekarte
O iruindarra Juan Carlos Rekarte foi preso na terça-feira no México com base num mandado de busca e detenção emitido em 1990 pela Audiência Nacional espanhola. Após a sua detenção, o Governo do México expulsou Rekarte para Madrid, que foi detido à chegada ao aeroporto de Barajas pela Polícia espanhola para ser deixado à disposição do tribunal.
O Ministério espanhol do Interior informou que Rekarte foi encontrado «graças a uma denúncia anónima» que alertou para a presença «irregular» do basco.
O Movimento pró-Amnistia refere que Rekarte fazia uma «vida normal» no México, e denunciou a acção do Governo deste país, que, em seu entender, «se mostrou disposto a deixar os perseguidos políticos nas mãos de polícias que torturam, mesmo tendo a noção de que outros foram torturados». Alertam que o Estado espanhol alargou os limites «da caça» e pedem «ao mundo» que «não alinhe com a política de repressão» de Madrid.
Assim, exigiram a sua libertação e reivindicaram «o direito dos perseguidos políticos a viver livremente em Euskal Herria».

Segurola em prisão preventiva
O preso Patxi Segurola, por seu lado, foi transferido na segunda-feira para a prisão de Bois d’Arcy. Na terça-feira, cumpriu a sua pena, pelo que agora se encontra em regime preventivo.
Segurola abandonou no sábado a greve de fome que tinha iniciado 20 dias antes, ao ser conhecedor de que a justiça espanhola tinha solicitado a sua extradição, embora só tenha sido oficialmente notificado pela Procuradoria de Versalhes na segunda-feira. Segurola decidiu fazer a greve de fome porque corria o risco de ser expulso para o Estado espanhol e «detido e torturado pelas FSE». Anteriormente, a Audiência Nacional espanhola já tinha solicitado em duas ocasiões a extradição do usurbildarra, sempre indeferida pelos tribunais franceses. Agora, irá decorrer um julgamento no tribunal de Versalhes no qual o pedido será estudado.
Fonte: Gara

Ainda relativamente aos presos políticos bascos, a associação de familiares e amigos das presas e dos presos políticos bascos, Etxerat, fez saber que se perderam dezoito encontros entre finais de Outubro e Novembro por causa das tentativas de inspecção corporal humilhante.
O mesmo organismo noticiou também que durante o mês de Novembro ocorreram 42 transferências de presos, sendo diversos os motivos apresentados para tal.
Ver etxerat.info e etxerat.info