segunda-feira, 6 de junho de 2011

Arranca no «campus» de Ibaeta o fechamento dos jovens independentistas detidos a partir de 2007

Cerca de vinte jovens independentistas fecharam-se hoje de manhã no campus universitário de Donostia, para assim denunciarem «a repressão selvática que os jovens deste país sofrem e conseguir responder como povo à criminalização».
Na conferência de imprensa que deram, os jovens lembraram, na primeira pessoa, que desde 2007 «mais de 250 jovens foram detidos, a maioria dos quais sofreram torturas e forram encarcerados».
Lembraram ainda que este mês vai decorrer em Madrid o julgamento de onze jovens de Algorta e quatro de Ipar Euskal Herria; em Julho serão 22 jovens de Oiartzun e Errenteria; e em Outubro serão julgados jovens de Iruñerria (comarca de Pamplona). Referiram também que mais de vinte jovens de Markina, Donostia e Barakaldo aguardam por uma sentença do Supremo Tribunal espanhol.
Conferências e concentrações
Assim sendo, os jovens afirmaram que «cabe a todos os bascos dar uma resposta de acordo com as circunstâncias», e, para tal, fazem um apelo «a jovens, adultos, mulheres e homens para que compareçam» nas diversas mobilizações que convocaram.
Para hoje está marcada uma concentração em frente ao tribunal de Egia (Donostia). Amanhã, terça-feira, haverá uma conferência sobre a tortura na Faculdade de Filosofia do campus de Ibaeta.
Na quarta-feira, dia 8, às 19h00 haverá uma concentração frente à sede do PSOE de Donostia. Na quinta, tem lugar «uma conferência internacionalista» e na sexta-feira levarão a cabo uma mobilização até à prisão de Martutene.
Para concluir este conjunto de iniciativas, no sábado, dia 11, em Usurbil (Gipuzkoa), haverá um acto político às 18h30, seguido de concertos de música.
Fonte: Gara / Foto: topatu.info

A cadeia de televisão australiana SBS passa uma reportagem sobre Gatza
A cadeia de televisão australiana SBS emitiu, no seu programa «Dateline», uma reportagem da autoria do jornalista australiano David O'Shea, que aborda a libertação do preso político basco Jose Mari Sagardui, Gatza, em 13 de Abril último.
O vídeo arranca a bordo do autocarro que partiu de Euskal Herria com destino à prisão espanhola de Jaén, onde Gatza deixou para trás 31 anos de prisão. Centrada na sua libertação, a reportagem audiovisual enquadra-se no contexto político que se vive em Euskal Herria.
É ainda possível ver a grande recepção que milhares de pessoas deram a Gatza em Zornotza e assistir a duas entrevistas: o jornalista australiano entrevista Jose Mari Sagardui e também um ex-preso político irlandês, pertencente ao IRA, que fala sobre a resolução do conflito no Norte da Irlanda e ressalta as semelhanças com o caso de Euskal Herria, bem como os passos a dar nessa direcção.
Fonte: Gara


«KM 0», as faces da dispersão
O projecto Km 0: dispertsioaren hamaika aurpegi foi ontem apresentado ao público no Plateruena Kafe Antzokia, em Durango (Bizkaia). No acto de apresentação foi possível ver e ouvir vídeos, fotografias, a página on-line do projecto, exposições de rua, danças, performances e testemunhos de familiares.
Este projecto é um trabalho em profundidade, realizado com o recurso a textos e fotos de viagens de diversos familiares e amigos de presos políticos bascos, em torno da dispersão política de que estes são alvo.
O trabalho é da responsabilidade do fotógrafo Iosu Trueba, e conta com o apoio da Etxerat.
Fonte: Gara

Ver também: «Diversas expressões para as mil faces da inexprimível dispersão», de Maider EIZMENDI (Gara)
O projecto intitulado Km.0: Las mil caras de la dispersión nasce para aproximar as pessoas da realidade daquelas que, semana após semana, fazem milhares de quilómetros para visitar os seus familiares e amigos; com o objectivo de mostrar o que não se vê ou não se quer ver. As pessoas que no domingo foram a Durango puderam ouvir e quase tocar o sentir desta «injustiça atroz».