terça-feira, 7 de junho de 2011

Quatro biscainhos acusados de «colaboração com a ETA», absolvidos pelo Supremo Tribunal espanhol por falta de provas

Antes do julgamento, os arguidos, o TAT (Grupo contra a Tortura) e o Movimento pró-Amnistia afirmaram que o julgamento se fundamentava em depoimentos arrancados sob tortura.

O Supremo Tribunal espanhol absolveu os biscainhos Amets Ladislao (Algorta), Ibai Egurrola (Algorta), Xabier Gutiérrez (Leioa) e Marimertxe Alcocer (Algorta), que tinham sido condenados pela Audiência Nacional espanhola a penas de sete e cinco anos de prisão por terem alegadamente ajudado a fugir Aitor Artetxe. Uma outra arguida no processo, Maribel Prieto (Berango), tinha sido absolvida. O Supremo espanhol examinou este caso a 19 de Maio, tendo a sentença absolutória sido dada hoje a conhecer aos implicados.
Ibai Egurrola, Amets Ladislao e Xabier Gutiérrez foram detidos em Irun (Gipuzkoa) pela Guarda Civil a 8 de Dezembro de 2008, enquanto Marimertxe Alcocer e Maribel Prieto foram detidas a 10 de Dezembro em Itzubaltzeta/Erromo e Berango, respectivamente. Todos afirmaram ter sido selvaticamente torturados pela Guarda Civil.
Notícia completa: etengabe

Ver também: «O Supremo absolve quatro condenados por "colaborar com a ETA" por falta de provas» (Gara)

Emitem um mandado europeu contra Fermin Vila pela quinta vez
A Audiência Nacional espanhola emitiu um mandado europeu contra o preso basco Fermin Vila Mitxelena pela quinta vez, que será examinado a 30 do corrente no Tribunal de Belfast. Na segunda-feira que vem, Vila tem uma outra sessão pela frente.
Na semana passada foi julgado em Belfast, por alegada ligação à ETA. Foi ali detido em 24 de Junho de 2010 e, desde então, permanece encarcerado na prisão de Maghaberri (Lisburn, Norte da Irlanda). Em Outubro do ano passado, teve lugar o primeiro julgamento relacionado com um mandado europeu, que o juiz não aprovou.
Os advogados de Vila consideram que ele se encontra detido em função «das suas opiniões políticas». Em Novembro a defesa afirmou que o pedido de extradição da Audiência Nacional se baseava em depoimentos arrancados sob tortura, e o pedido de extradição viola os direitos humanos do arguido. Na semana passada, os advogados Didier Rouget e Bill Bowring também abordaram a violação dos direitos humanos no Estado espanhol; tendo mencionado o regime de incomunicação, a tortura e a dispersão.
Fonte: Berria

Os cidadãos de Altsasu mostram mal-estar com a presença policial
Num texto publicado, diversos cidadãos de Altsasu (Sakana, Nafarroa) denunciaram a repressão exercida recentemente por diferentes corpos policiais. Num texto lançado na página hitzondo.net e em várias tabernas expressam as razões deste mal-estar e apelam à unidade dos cidadãos, de forma a dar a volta à situação.
De acordo com o texto, Altsasu «sempre conheceu a repressão, mas, nos últimos tempos, a situação agravou-se, de tal forma que ela já não é alheia a ninguém. A presença policial é maior e os agentes andam pelas nossas ruas sem qualquer vergonha».
Para confirmar o que dizem, referem alguns dados:
Número de polícias por 1000 habitantes: Espanha: 3,37 / Nafarroa: 6,64 / Altsasu: 10,15

Outros dados do herrialde e da comarca:
Nafarroan: 650 agentes da Polícia Nacional em dois quartéis / 775 agentes da Polícia Municipal / 1100 agentes da Polícia Foral em sete esquadras / 1800 militares da Guarda Civil em 51 quartéis.
Altsasun: 33 agentes da Polícia Foral / 37 militares da Guarda Civil.
Notícia completa: hitzondo.net via askatu.org